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O Informador

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É incrível como em pleno século XXI e com a taxa de desemprego ainda um pouco elevada, existam pessoas a trabalhar com o público sem o mínimo de sensatez sobre um bom atendimento. Se não sabem lidar com os outros quando estão ao serviço, então o melhor é mesmo procurarem um emprego onde estejam sozinhos e sem qualquer contacto com os outros e deixarem assim o seu lugar vago para quem o sabe realizar em condições.

Ir a um estabelecimento, quer seja café, restaurante, loja, caravana ou padaria e perceber que atrás do balcão está uma pessoa com cara fechada, a falar com mau tom, num volume elevado a revelar ainda mais a sua má disposição, é somente meio caminho para ficar com vontade de virar costas e seguir viagem sem fazer qualquer pedido ou questão.

Será que as pessoas que gostam de trabalhar na área comercial não têm consciência do que estão a fazer perante a cordialidade e simpatia que têm de demonstrar aos clientes? Podem estar no pior dia de merda do mês, fartos das oito horas obrigatórias, indispostos por algo que comeram ou insatisfeitos pelo mau pagamento, mas uma coisa é estar mal, outra é descarregar no cliente que não tem qualquer culpa do seu estado de espírito.

Peço, por favor, que sejam educados e que se ponham no lugar dos outros. Trabalho com o cliente e sei o que é estar dos dois lados. Se sou mal recebido não volto e sempre é isso que tenho em conta quando estou em modo empregado a receber clientes que precisam de ajuda e que por vezes necessitam somente de uns minutos extra de conversa que não me custa a dar e que deixam em vários casos quem precisa de falar satisfeito para voltar onde se sentiu bem recebido. 

Nos serviços a educação é um estado essencial só que muitas vezes, tomara que essas vezes fossem excepção, tal educação parece ter ficado à porta!

Dirigimos-nos a um local que tem tudo de bom para nos servir, só que o tudo de bom por vezes consegue ser alterado com as personalidades dos funcionários que não se encontram dentro dos parâmetros do local. Ah pois é! Costuma-se dizer que cada macaco no seu ganho e existem pessoas que não têm perfil para estarem em determinadas funções em que têm de lidar com os outros, aqueles que são os clientes, mantendo uma relação cordial a ponto de ajudar quem ajuda a pagar o seu ordenado a voltar ao local. 

A educação é um estado essencial em qualquer lugar, seja no seio familiar, entre amigos, colegas ou simplesmente enquanto se trabalha. Sempre fui ensinado a manter a postura e a ser educado para com os outros, pedindo que os outros sejam também dessa forma para comigo, o que não é fácil quando algo falta pelos anos em que os bons costumes são implementados a qualquer ser humano.

Uma pessoa pode não estar nos seus dias para aturar quem quer que seja pelo trabalho, mas ter de gramar com uma melga insuportavelmente irritante é mau demais para o comum dos mortais no início de uma semana!

Confesso que começar a semana com uma cliente travessa, que pronuncia o nosso nome de dez em dez minutos ao longo de oito horas de trabalho, que nem quer fazer pausa para almoço para não perder tempo por não saber o que quer e ser demasiadamente indecisa quando todos os outros conseguem fazer mais e melhor em menos de uma hora é daqueles castigos que qualquer um não deseja ter. 

A sério que tive de começar esta semana da pior maneira e já sei que hoje a mesma pessoa voltará para me atormentar o juízo por umas boas horas! Se fosse religioso estaria neste momento a rezar para que não passasse de uma hora o sacrifício de hoje, mas prevejo que pelo menos até ao almoço não conseguirei ficar livre para libertar trabalho!

No outro dia passei por uma das zonas do país mais conhecida por ser frequentada pelas quase profissionais do sexo e enquanto passava pensava. Quantos clientes estas mulheres atendem por dia sem prazer algum, simplesmente em busca de dinheiro fácil e com todos os riscos bem vivos em seu redor?

Horas sentadas em velhos sofás, tábuas ou caixotes improvisados de banco pelas próprias, as mulheres da vida que passam horas em funções não correm somente os riscos das doenças sexualmente transmissíveis, estando também à mercê de quem passa e abusa dos seus serviços. Sabe-se que existem pessoas que tratam quem se sujeita à borda da estrada como escravas sexuais no momento do ato pago e onde querem fazer tudo o que lhes passa pela cabeça com intenção final de despejarem o que muitas vezes não conseguem deixar em casa. Haverá necessidade de humanos como qualquer outro de estarem sujeitos a maus tratos de quem não conhecem, estando em locais perigosos e lidando com vários monstros que vão passando e parando sem qualquer vergonha do que estão a fazer?

Como aquelas mulheres pensam e agem no seu dia-a-dia junto de familiares e amigos? O que pensarão de si próprias enquanto abrem as pernas a quem passa e tentam atrair clientes seja de que maneira for? Existem profissões que me continuam a fazer confusão por tudo o que envolvem, neste caso as mulheres usadas, os vários chulos que as espancam e que há noite esperam pela quantia que elas conseguiram angariar com o corpo, os filhos que são marginalizados pelos companheiros da sua idade... 

Quando a empregada de um café comenta maldosamente a vida de um cliente, de colegas ou dos patrões, enquanto atende alguém não é bonito, para mais quando tece tais comentários com pessoas a ouvirem, esquecendo-se que não se encontra sozinha, num canto ou numa mesa mais sorrateira do estabelecimento.

Perceber que se comentam vidas de pessoas que acabaram de sair de um lugar e que por vezes podem ser conhecidas de quem ouve porque está no local onde as pessoas deviam estar a trabalhar e deixar a conversa fiada de lado é mau. Os funcionários de milhares de estabelecimentos esquecem-se que quando falam de um cliente à frente de outro correm o risco de logo de seguida a pessoa que as está a ouvir por obrigação pensar que quando deixa o balcão vai sofrer algumas dentadas do género das proferidas sobre os outros anteriormente.

Ser atendido, perceber que são feitos comentários e algumas caretas sobre quem estava à nossa frente e depois sair com o pensamento que seremos os próximos a sofrer na língua daquela pessoa é uma situação que me leva a pensar se voltarei em breve ao local ou se o dispenso e procuro outro sítio para beber café!

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