Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Caçar não é tourear

Quando se fala sobre touradas existe quem se insurja e defenda o que abomino. Aquilo não é arte, é um ato cultural e que percorre as nossas tradições há vários séculos, no entanto o que se passa dentro de uma arena não é um momento de animação e muito menos de sobrevivência obrigatório do humano face ao animal. Isto é simplesmente uma introdução para o tema de que quero mesmo falar, a caça que é comparada por quem está do lado neutro das touradas. Quem consegue comparar o ato de caçar ou pescar com a merdalha do que se passa em tantas arenas do país?

Não critico quem é caçador ou passa horas e horas a olhar para uma cana de pesca em espera que algo lhes caia na rede. Quem caça e pesca como um ato desportivo é algo que não compreendo, agora quem o faz e depois consome o que foi apanhado ao longo das horas é perfeitamente aceitável. O humano vai à caça como um animal mais feroz para comer, não fazendo disso um espectáculo que os inúteis não pensadores vão aplaudir como se fosse uma grande festa de boas-vindas a algum rei que está de passagem pelo local.

Sozinho em Casa é tradição

A tradição mantém-se e o filme Sozinho em Casa voltou a ser transmitido talvez pela vigésima vez em época natalícia pela TVI. O filme é quase da minha idade e desde pequeno que me lembro de nesta altura do ano as tropelias do puto fazerem furor nas tardes do canal de Queluz, este ano quase que não era transmitido, mas os pedidos foram muitos.

No início do Dezembro, quando a direcção da TVI anunciou os filmes que iriam ser transmitidos ao longo do mês, o Sozinho em Casa não constava da lista e logo de imediato ouviram-se pedidos e criticas pelas redes sociais sobre o facto desta película ser uma tradição nacional de Natal em Portugal e este ano ser colocada de lado nas escolhas. Os telespetadores foram ouvidos e em detrimento de um filme de animação em estreia surgiu então o teu acarinho e pedido velho filme.

Ver o Sozinho em Casa na época natalícia no ecrã da TVI é como assistir ao Natal dos Hospitais na RTP e ao Circo de Monte-Carlo na SIC... A tradição mantém-se!

Circo de Luz

Circo5

Terreiro do Paço, em Lisboa, voltou a receber um evento especial que concentrou as atenções do público para as faixadas dos emblemáticos edifícios da praça. Depois de há uns meses o Arco de Luz ter feito as delícias de muitos, agora chegou a vez do Circo de Luz tentar a mesma sorte, mas parece-me que as coisas não correram assim tão bem com este evento de Natal.

Embora o trabalho de uma equipa que leva o pormenor ao milímetro esteja bem feito, a magia que aconteceu com o Arco não está presente neste Circo natalício. Com narração de Nuno Markl e sonoridade dos Deolinda, este espetáculo ao ar livre não conseguiu chegar onde o seu primórdio tocou. A novidade é sempre a novidade e consegue agarrar os mais cépticos sobre tais imagens e sons, o que não aconteceu com esta segunda vez, onde tudo já se torna mais complicado porque é necessário fazer melhor e não se conseguiu surpreender. Um conjunto de imagens de um animado circo, com animais transformados em malabaristas, palhaços e afins e que criam um filme com aproximadamente quinze minutos sem grande atracção a ser transmitido pelas paredes dos edifícios do Terreiro do Paço.

Gosto deste tipo de iniciativas que têm feito com que Lisboa saia à rua para desfrutar pelos espaços públicos de um pouco de cultura e bem-estar de forma gratuita. Um bom momento de entretenimento que espero que seja reciclado para que daqui a uns meses eu possa voltar a estar ao serão pelo Terreiro do Paço a ver o ... de Luz!

Um Circo de Luz que vale a pena ver!

Circo1 Circo2 Circo3 Circo4

Noite de Natal sem televisão generalista

O Natal é a época da família, mas mesmo neste serão que para muitos é mágico, a televisão está sempre ligada, mas a oferta entre os canais generalistas vai de mal a pior!

RTP, SIC e TVI não são definitivamente os melhores companheiros na noite da consoada dos portugueses. Pelo primeiro canal assistia-se a uma sessão circense, apresentada por uma Catarina Furtado vestida como se tivesse no Coliseu dos Recreios. Pelos dois canais privados da nossa televisão, o cinema foi o grande destaque, mas sem grande adesão, a meu ver!

Na noite de Natal, ver circo sem graça ou um filme que foi sucesso nas salas mundiais no ano passado, é praticamente a mesma coisa que ter a televisão desligada. Será que os senhores programadores ainda não perceberam ao longo destes anos que têm que apostar em algo divertido, mesmo que seja repetido para esta noite? Porque não uma gala gravada, porque não um especial dos seus programas com um apanhado sobre o Natal?

Tanta coisa que pode ser feita no pequeno ecrã no serão de 24 para 25 de Dezembro e os senhores diretores só se lembram do circo e do cinema! Não admira que os canais de cabo sejam donos e senhores nestes dias tão especiais do calendário!