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O Informador

Cunhas e pedidos nacionais

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Vivemos claramente num país onde a cunha é um ponto forte dentro de variadíssimas áreas e as coisas são feitas de forma tão descarada em certos casos que nem é possível disfarçar. Hoje apetece-me falar de um caso tornado público pela própria protagonista e que em poucas semanas se transformou de um desabafo a um pedido de cunha com resultado.

Lembram-se da fadista Raquel Tavares que foi para a televisão dar uma entrevista emocionante e que na altura foi aplaudida por dizer que estava cansada da profissão que tinha e que queria mudar? Dando até a dica que podia ficar a trabalhar nos bastidores ou a fazer qualquer outra coisa para não estar em destaque nos palcos pelo cansaço de cantar e pelo mundo envolvente da fama. Pois é, quem uns dias depois logo fez participação especial como atriz numa série de outro canal televisivo para logo ser chamada pela direção onde a partilha aconteceu para também integrar a ficção do canal? Como se não bastasse agora virou repórter de um programa semanal. 

Vamos lá ver então o que aconteceu... Senti na altura que tudo era um desabafo mas um claro pedido de ajuda para uma pequena cunha dentro de outro campo, sem que deixasse a fama pelo estatuto, embora tenha sido revelado o contrário. A entrevista foi bem vista mas poucos suspeitaram que aquele disfarçado pedido desse frutos. Não é que agora o choradinho funcionou mesmo e o cansaço demonstrado pelo que fazia abriu-lhe outras portas graças a uma choradeira comovente e grandes cunhas que lhe deram a mão pela amizade?

Eu, o chorão!

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Um Escorpião com emoções à flor da pele existe e caso provado é que aqui estou, uma pessoa bastante emocional e com a lágrima fácil a despoletar com pouca coisa. Sou muito dramático no bom sentido da palavra e a comoção surge quando os sentimentos tocam naquele ponto da saudade, das lembranças, onde as memórias ganham lugar e as despedidas se tornam em momentos pesados. 

Com a idade tenho percebido que a pieguice tem vindo a piorar, trazendo a lágrima fácil em situações por vezes inesperadas e onde não consigo controlar o peso de histórias que são contadas de desconhecidos e despedidas de quem me toca particularmente em diversos tempos da passagem por esta vida. Não posso saber algo mais sensível que viro logo um Manel Madalena de lágrima fácil, chegando a sentir uma certa ridicularizarão pela sensibilidade que deixo escapar de forma tão rápida. 

Choro quando me contam uma história de vida pesada. Não me aguento se chego a casa e na televisão estão a falar de situações superadas e de sobrevivência ou de vidas que precisam de ajuda. Se tenho de me despedir de alguém que me faz falta por saber que os tempos de convivência vão ser alterados, não me contenho com receio de que a perda temporária seja permanente. Vejo uma produção cinematográfica que me faz lembrar alguém próximo e comovo-me com as semelhanças. Os anúncios televisivos que contam histórias reais são um transtorno que me faz refletir. As reportagens de informação que tanto me provocam a dor por perceber a impossibilidade e a força que por vezes existe em quem aparentemente tem uma vida feita em cacos. 

Sou um chorão inegável! Fico cada vez mais com a sensibilidade à flor da pele e todas as vidas com histórias de dor e sofrimento me deixam abananado, percebendo que a idade tem feito comigo o oposto do que geralmente acontece. Com os anos a passarem as pessoas tendem a ficar mais frias e isso tem acontecido comigo, no entanto quando surge o momento em que a ficha cai e percebo que existem vidas mais complicadas e situações que não consigo controlar a sensibilidade vem ao de cima ao mesmo tempo em que penso que por vezes dou destaque e faço dramas quando existem pessoas que merecem ter apoio por sofrerem e mesmo assim seguirem com as suas vidas e boa disposição onde a luta é um contraste de emoções.

Deitado em lágrimas

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Chorar baixinho, no escuro da noite e embrulhado nas mantas para que ao longe ninguém consiga reparar que sozinhos desabafamos com os botões próprios de cada um. Lembranças que provocam más energias e que transportam a mente para campos indesejados e que dão sinal em noites mal dormidas e recheadas de pensamentos inoportunos! 

Quantas vezes que deitar não significa um repouso absoluto da mente? Quantas e quantas... Chorando baixinho!

Fraco? Sim!

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Sinto-me insensível quando não consigo deslocar-me ao veterinário para visitar a irmã do meu Tomé que pode estar prestes a partir! Ambos vieram de Espanha, aos meus pés, ao longo de uma longa viagem de horas em que cheguei a pensar que a pequena poderia ficar-se pelo caminho por ser tão frágil ao lado do já meio grandote menino. Hoje, a miúda está a lutar pela vida numa clínica devido aos seus problemas de saúde. Desde cedo que mostrou alguma fragilidade que se tem vindo a agravar nos últimos meses. Hoje, em momentos complicados, não a consigo ir ver. Fraco? Sim!

Choro no momento em que escrevo este texto porque a menina é como se fosse minha! Tratei dela desde o primeiro minuto em que a viagem para Portugal estava a começar e existia uma ama canina responsável por ambos. As primeiras horas dos dois, as férias que passei com ela, os passeios e a noção do carinho que o animal tem por mim, mesmo não sendo o seu dono fazem-se sentir-me fraco neste momento. 

Um misto de emoções em que sofro por ela e olho para o Tomé que sempre, até agora, tem-se mantido de boa saúde connosco, aqui por casa. Custa ver um animal sofrer, custa pensar que poderei não mais ver a pequena e não quero ter de a visitar por pensar que poderá ser a última vez que a vejo. 

Posso chorar?!

É complicado educar um pequeno ser vivo às regras e costumes da sociedade, para mais quando também nós estamos em processo de aprendizagem para criar laços e atingir uma boa educação para com o aprendiz. Falo do que esta noite passei com o Tomé, que me fez chorar sem perceber o que estava a sentir o cachorrinho! Não sou pai humanamente mas sou e quero ser um bom pai de um canino que já me deixou na cama a chorar após o conseguir sossegar do choro de aflição com que estava.

Eram talvez umas duas da manhã quando acordei com os seus grunhidos a achar que só queria mimos ou atenção e tentei resistir a não ir ter consigo para ver se acalmava, mas tudo continuou e tive que ir ao seu encontro. Assim que me viu começou a chorar com maior intensidade e aí percebi que estava aflito para fazer as suas necessidades fora do horário normal.

Antes de o tirar do espaço onde dorme até se habituar e poder andar mais à solta, preparei as folhas de papel no cantinho do costume, tirei-o para fora e lá fez o que tinha a fazer com uma tal intensidade que me deixou espantado.

O Tomé estava a chamar-me para fazer alguma coisa e não querer sujar os arredores do local onde dorme. Eu não estava a perceber tal aflição e achei que o cachorro só queria mimos, estando bem enganado.

Com a calma de volta, voltei à cama e chorei, percebendo que ainda tenho muito para aprender a lidar com este bebé que escolhi para ter na minha vida. Senti-me frustrado e irritado por não conseguir resolver uma situação tão simples de forma rápida e não perceber no final de uma semana que ele só estava com uma aflição fisiológica.

O Tomé está a aprender a viver connosco, mas nós também temos muito para aprender com ele!

Tomé está a dormir!

A primeira noite aqui por casa do Tomé foi calma, não tendo feito barulho nem qualquer tipo de ruído ao longo das horas em que estivemos deitados. No entanto não posso dizer o mesmo da segunda noite em que me tive que levantar por duas vezes para o tentar acalmar e adormecer porque começava a chorar até lá irmos ter com ele. Agora que entrei em casa, pelas 02:30, mais coisa menos coisa, posso dizer que o maroto abriu o olho, fez um grunhido mas como não lhe dei conversa, deixou-se ficar no mesmo sítio onde estava deitado e está caladinho desde que cheguei, ouvindo-me a mexer e com a luz acessa mas até ao momento sem a reacção da noite passada.

Espero que aos poucos consiga fazer com que durma toda a noite sem fazer os grunhidos de cachorrinho para lhe darmos atenção e o aconchegarmos pelo colo.

De sexta para sábado dormi sempre com os olhos semi abertos e preocupado se estava ou não a chorar por estar sozinho, por isso espero que hoje consiga voltar a ter um sono normal e que os mimos de que o Tomé precisa ao serão se comecem a dissipar com o tempo.

Ontem, quando me levantava para ir ter com ele só me lembrava das mães dos bebés recém nascidos que de minuto a minuto acordam ao longo do dia e noite para verem o seu pequeno filho, assim parecia eu, mas com uma preocupação canina.

Apetece-me chorar!

De há uns dias para cá o meu estado de espírito tem estado em baixo e como não consigo perceber a principal razão porque estou assim, só me dá vontade de chorar.

Todos vivemos dias maus e bons e eu ando a passar pela fase de não saber nada, de andar a flutuar por aí como uma borboleta que não sabe para onde ir. Nada me fascina, nada me atraí e nada me dá o click para acordar para a vida real. Ando triste, sem nenhuma razão aparente e quando me perguntam porque estou assim só me dá vontade de fugir, deixar tudo para trás e começar a chorar.

Não ando bem, não me apetece ver ninguém, nem falar sobre mim porque não me ocorre nenhuma razão essencial para estar assim triste. Sinto-me bem é sozinho, no meu canto, longe de tudo e todos.

Tenho-me sentido assim de há uns dias para cá e fico danado comigo próprio por ser assim birrento sem motivo aparente. De vez em quando dá-me destas coisas, e agora ando com mais uma, daquelas sem saber de onde aparecem e quando terminam!

Chorar alivia a alma

Diz-se que chorar é uma forma de ajudar a aliviar a alma e que tal ato nos deixa mais tranquilos. Sinto que a verdade sobre o que se diz acontece!

Não tenho vergonha de admitir que nos meus momentos de maior fraqueza deixo que as lágrimas me apareçam pelos cantos dos olhos que tudo vêm, mas que tudo querem apagar da memória. Chorar acaba, por vezes, por me acalmar e sossegar sobre os momentos diários que me afligem.

Existem várias razões para as fraquezas me aparecerem sem baterem à porta e sem as conseguir controlar. Fraquezas essas que nos afectam e transtornam os nossos pensamentos positivos, levando a que o mundo pareça estar todo contra nós, querendo derrubar a nossa felicidade.

Em várias situações que me deixo cair, chego-me a perguntar... «Mas por que razão estou assim?», não tendo depois auto resposta para justificar o meu estado. Tudo parece afetar-me ao mesmo tempo para me levar a refugiar no meu pequeno e pessoal mundo para que não me vejam e sintam frágil.

O choro tem sido um dos últimos recursos a que o meu íntimo recorre para se manifestar contra algo, mas nem sempre consigo resistir às pequenas lágrimas que me aparecem sem serem desejadas e queridas! Choro para aliviar a alma! Choro com esperança que me vou sentir melhor depois! Choro porque sou assim... Um chorão!