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O Informador

Crematório

A partida de uma pessoa para o além não é fácil para quem fica, mas existem formas de despedida que doem mais que outras... Pela primeira vez tive um familiar que optou pela cremação na hora da sua despedida e embora não custe tanto no último adeus, fica um sentimento de «já está?», isto ao mesmo tempo que se ouvem os sons que saem de uma sala onde tudo está a acontecer!

Enquanto num enterro se observa a descida do corpo e se vivem os últimos momentos da pessoa perante os nossos olhos, no espaço do crematório o que existe de tempo para as despedidas é algo tão rápido, que o caixão rapidamente entra numa passadeira para de lá não mais sair. Aquele entrar significa o «até sempre» e está feito!

Restou depois ouvirem-se os barulhos, a conversa de ocasião e posteriormente, já fora da capela, e para os mais atentos, o que pode mexer mesmo com os sentimentos, a saída do fumo por uma fuga... Dizem que aquele fumo não é do corpo, mas sim só do caixão, mas não é isso que os pensamentos obtém naquele momento!