Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Informador

Abraços

abraço.jpg

 

Não sou de Abraços! Definitivamente sou um pouco adverso ao contacto físico no que toca a cumprimentos, fazendo-o de forma normal mas não em excesso. Agora, em tempos de pandemia, posso dizer que até dos Abraços sinto falta, querendo realmente poder abraçar quem também nunca abracei e usar este símbolo de afeto com maior regularidade pela verdade.

Existem coisas que podemos admitir e neste momento um Abraço faz-me falta, talvez todos os Abraços de quem me queira abraçar quando tudo voltar ao antigo normal, o que terá de esperar uns tempos longos ainda. Vou esperar, com cuidados especiais, porque os Abraços voltarão a fazer parte do quotidiano de todos nós, acredita!

Saudades por despedimento

Infelizmente e como era bem esperado a empresa onde trabalho continua a meter água por todo o lado e o caminho parece ser cada vez mais só um! Com isto e porque ainda éramos sete pessoas sem necessidade, eis que de um momento para o outro ficamos reduzidos a quatro para ficarmos somente três daqui a uns dias.

Pois é, após meses e meses com a noção de que alguém deveria saltar, lá ficou decidido pela entidade superior que mais de metade das pessoas estavam a mais. Reunião geral, pedido para apresentação de propostas e eu, que até queria saltar, fui informado que não valia a pena tentar a sorte para deixar o barco porque estou entre o trio que tem de aguentar mais tempo. Tinha noção que isto era bem possível acontecer e que se sair será por vontade própria e sem nada, mas na verdade os que foram convidados a deixar a casa também pouco levaram consigo, já que nem metade dos seus direitos tiveram a hipótese de ter. Ou aceitavam ou ficavam sem saberem o que por ai virá. Os que podiam apresentar propostas apresentaram e saíram. Ficamos nós, os mais caros, os de confiança e os que também querem sair e que agora a solo ficam sem parte de uma equipa com quem se conviveu, no meu caso, ao longo de dez anos. Foi triste, ainda estou triste e sei que enquanto estiver onde eles já não estão continuarei sem a magia de outros tempos. Se antes as coisas já não me faziam sentido e não tinha qualquer vontade matinal para ir trabalhar, agora então ainda menos. Sinto a falta das companhias com quem convivi durante anos, com quem partilhei bons e maus momentos, chorei e gargalhei, das pessoas com quem almoçava e partilhava histórias do dia-a-dia.