... Incapaz de raciocinar de forma consciente para ter ideias de forma a expor por palavras o que vou sentindo por estes dias. Pode ser bloqueio mas também cansaço!
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
... Incapaz de raciocinar de forma consciente para ter ideias de forma a expor por palavras o que vou sentindo por estes dias. Pode ser bloqueio mas também cansaço!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
... que hoje não existe grande coisa para contar por estar de pausa este fim-de-semana e ter aproveitado para viajar para terras alentejanas. Ontem visitei Estremoz e Vila Viçosa, fartei-me de andar e no momento da noite em que escrevia esta minha partilha para ser publicada este Domingo sentia-me tão cansado fisicamente de palmilhar centenas de quilómetros de carro e dezenas a pé que entrei em modo poupança nas palavras a favor do pequeno raciocínio possível a horas tardias por sentir que o cansaço corporal se refletia também a nível mental.
Cansado, é assim que me sinto! Acordo e adormeço dentro do mesmo ritmo, abro os olhos e percebo bem cedo que o dia está a nascer lá fora, tento ficar mais um pouco na cama mas rapidamente percebo que ficar na ronha não é para mim. Tenho mais um dia pela frente onde nada acontecerá e quando dou por mim já passaram horas, já vi o sol e a chuva e estou de novo pronto para me deitar sem conseguir aproveitar mais um dia, seja ele o início ou o fim-de-semana.
Sinto-me em baixo com toda esta não rotina, irritando-me facilmente, sem paciência para mim e mesmo para os poucos com quem passo estes dias nublados e sem emoção. Melancolia e inatividade, sentindo-me fraco, com algum cansaço sem nada fazer para tal e sem qualquer vontade de reação.
As últimas semanas têm sido para esquecer. Após meses de pandemia com confinamentos e regras apertadas de convivência, corpo e mente parecem começar a sentir o peso de toda a questão e a vontade de reação é cada vez menor.
Ora ando a correr porque de manhã antes de sair para o trabalho a rotina continua dentro do espaço de tempo em que tento dormir ao máximo e a hora em que tenho de sair porque o caminho não se faz num ápice. Depois ao longo do dia, não sei se será de mim, mas os momentos de pausa, e eu que nem tenho rede móvel no local de trabalho, não consigo organizar grande coisa da vida, nem falar com ninguém via telemóvel, não ficando dentro da atualidade e do entretenimento. Consequência disto é mesmo quando fico livre das horas laborais então há que acordar por breves momentos, tentar ver um pouco do que se passa pelo mundo, aproveitar para comer descansado, falar com o mundo que esteja online e volta não volta é tempo de parar e terminar mais um dia. O momento noturno do dia é para comer e vejo que fica na hora de chegar perto da cama, já que me ando a deitar cada vez mais cedo, sem vontade sequer de aproveitar o pouco tempo livre dentro da liberdade permitida para me distrair de forma decente e dentro das possibilidades. Neste momento sinto que vivo dentro de uma rotina cada vez restrita dentro do trabalho, casa, comer, deitar, trabalho, casa, comer, deitar e sem muito mais que isto, resultando simplesmente num cansaço por ver os dias a passarem sem nada de bom a acontecer que me possa dar ânimo para reagir.
Não existem saídas e muito menos jantares, os passeios dos dias de folga tornam-se impossíveis e nem a vontade já parece existir dentro do contexto atual. Neste momento sinto-me exausto, cansado e sem ânimo algum sequer para arranjar entretenimento ou para falar com quem quer que seja. É levantar, ir trabalhar, comer e quando dou por isso estou pronto para dormir com o pensamento de que umas horas depois tudo se repetirá.
O vazio que a vida por vezes me trás tem surgido pelos últimos tempos. Posso falar com meio mundo, mostrar estar feliz a quem se cruza pelo caminho, mas na realidade o sentimento que me acompanha interiormente não está de acordo com o que passa para fora.
Neste momento todos andamos um pouco mais ausentes das vidas uns dos outros, distantes e encurralados, e neste estado de maior turbulência social sinto-me como que esquecido por mim próprio de que a vida tem de continuar e que tenho o dever de debater este negativismo que me tem vindo a atrapalhar nos últimos tempos, deixando-me como que num vazio constante perante a incapacidade de reação.
Os meses passam, as rotinas foram forçosamente alteradas, o cansaço para com este novo normal acontece e o que há uns tempos ainda parecia ser suportado, agora é vivido como em estado de sobrevivência e com uma grande apatia para o que vai sendo feito somente porque si, como se os dias que vão passando nada representem a não ser momentos de espera para que tudo possa voltar ao que poderá vir a ser um novo normal onde possamos recuperar alguma liberdade para respirar, agir e criar com vontade, superando esta crise e ganhando assim capacidade para voltar a ingressar na corrida da vida.
Neste momento sinto-me bastante apático para com a rotina do dia-a-dia, sem existirem reações e perspetivas para voltar a alterar a falta de ritmo. O acordar e adormecer sem entusiasmo, somente porque sim, o despachar para mais um dia de trabalho e mais tarde regressar para novo descanso. Neste momento nem mesmo os dias de pausa, onde sempre gostei de me sentir ocupado, me conseguem entusiasmar.
Existem dias em que ao acordar logo percebo que as próximas horas serão danosas, pesadas e cansativas. Ontem foi um desses dias!
Acordei e mal me sentei na cama percebi que uma ligeira dor de cabeça começava a atormentar. Tomei o pequeno almoço um pouco sem vontade, banho e lá me fui arranjando para ir trabalhar, não sem antes tomar comprimido para que a minha na cabeça passasse mais rapidamente e na verdade passou.
O dia parece ter sido longo, até os ténis ontem me atormentaram e deixaram os pés meio incendiados, tal como as pernas que cansadas só pululavam para me sentar e esticar a descansar. Dia que não havia maneira de terminar, com quase oito horas de pé e quando o momento final chegou e entrei em casa só pensei em jantar rapidamente para me recostar na cama e aproveitar umas horas em frente ao televisor, de livro na mão e com o tablet para escrever este texto que estás agora a ler.
Os meus últimos dias de quarentena têm sido tão animados que quase nem me atrevia a contar.
De forma resumida... Passo a maioria dos dias em casa, sem praticamente colocar os pés na rua, nem na varanda, e quando vou a algum lado é tudo feito de forma rápida para que não me demore. Geralmente acordo uma ou duas vezes de noite, logo após adormecer e depois um pouco antes do sol nascer, parecendo que já dormi o suficiente e que o dia não amanhece para mais um dia igual ao anterior. Deito cedo e cedo ergo, pouco saio de casa e quando o faço é de forma rápida, que final de quarentena é este?
As próprias rotinas em casa estão a passar ao lado. Pensei que por ter mais tempo livre iria ver mais séries, o que não tem acontecido, depois os livros a que não tenho dedicado tantas horas como pensava. Existem alterações em casa e várias situações para serem resolvidas e na verdade não apetece despachar nada. Na verdade sinto peso e cansaço, de forma a quebrar a capacidade de reação neste momento, querendo, mesmo com receio, voltar ao trabalho.
É inevitável e por vezes complicado de contornar. Existem dias em que chego a casa tão cansado que a vontade é só mesmo ficar esticado na cama, com silêncio total em volta e deixar que corpo e mente se unam num percurso perante o descanso que é necessário.
No final de alguns dias, alguns consideráveis até, a vontade de desligar é cada vez maior. Começar o dia, esticar a vontade para que o mesmo chegue rapidamente ao fim e com a hora de saída à vista a vontade é de entrar no modo desligado e ficar assim até voltar a amanhecer. A mente aguenta, mas o corpo parece pesado em determinados momentos, não deixando que a vontade de agir faça das suas. Ficar quieto num canto sem que ninguém dê conta, ausente de tudo, em silêncio e em comunhão com a pausa desejada é o fruto do desejo dos tempos que correm, principalmente quando horários ficam trocados, o ritmo acelera, as obrigações desorientam os gostos e estes acabam por ceder e deixar que o tempo passe sem que façam parte dos dias de cada um.
Confesso! Estou farto de estar em casa e de procurar emprego dentro das áreas em que me sinto à-vontade e nas quais pretendo continuar. Envio propostas, a maioria não recebe resposta e as poucas empresas que convocam para entrevista lá vou eu.
Na verdade aqui na zona e no espaço de um ano, visto que estive o ano passado pela primeira vez no desemprego e logo consegui emprego na área, desta vez as coisas parecem estar um pouco mais complicadas. Os anúncios são todos para o mesmo e fora da minha linha de opção para já.
Este estado de procurar emprego, andar em entrevistas onde sou selecionado e depois dizem que afinal já não fui a opção ou então ficam sem dizer nada acerca da escolha final de quem fica no lugar, cansa. Será pedir muito um simples email ou sms a confirmar o que já se prevê, de que não se foi o selecionado?
396 seguidores