Cada vez mais se percebe que o país está em crise e para isso novas formas de negócio surgem, por aqui, vê-se o negócio low cost a florescer, não de dia para dia, mas sim de mês para mês. Primeiramente começaram-se por ver os voos de avião mais baratos a serem apelidados de low cost, mas aos poucos esta caracterização tem vindo a abraçar novas áreas.
Há umas semanas, o meu melhor amigo de infância, pessoa que agora me é totalmente indiferente e a quem não falo, abriu com a irmã, um salão de estética e cabeleireiro low cost. Eu não entrei neste novo espaço e também não faço intenções de o fazer, mas pelo que ouvi dizer, parece que tudo é mesmo barato por lá... Mas, até quando?!
Um corte de cabelo de mulher a cinco euros... Foi só lavar e cortar, mas barato demais, não? Depois um homem vai lá e paga seis euros para se sentir com menos cabelo! O mesmo casal vai lá uns dias depois só com a filha para esta cortar o seu cabelo e... Não pagaram nada, porque é oferta!
Tudo indica que naquele espaço onde se pagam pelo menos quatro ordenados, uma renda, água, luz e os produtos necessários tudo é pago pelos clientes a preço da chuva, como isso poderá ser rentável a longo prazo? Se os preços das coisas aumentam e este novo negócio familiar foi aberto para ter preços mesmo reduzidos, não acredito que dure muito tempo.
E esta minha crença também se deve ao passado do meu ex-amigo, da sua irmã e da mãe, todos empregados agora no mesmo espaço. Ele já teve outros dois negócios, tendo fechado ambos porque não se tornaram rentáveis... A mãe já teve um salão de cabeleireiro por sua conta, mas terminou com dívidas e agora não pode ser dona de nada, nem patroa... A irmã tem andado de emprego em emprego, também por causa de ambos!
Um trio que só tem feito insucessos profissionais e que se mete em algo com novos riscos nos dias que correm. Será que vão conseguir ter o seu novo negócio aberto pelo menos durante um ano? Duvido! Não lhes desejo mal, mas o que é certo é que não acredito mesmo no sucesso deste projeto familiar e barato!