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O Informador

Regressa a Cultura sem touros

Imagem retirada de https://sol.sapo.pt/

Imagem retirada do portal Sol

 

O início de Junho está a assinalar o retomar de atividade em várias áreas, onde se incluem as atividades culturais, podendo realizar-se a partir de agora concertos, espetáculos teatrais, estando também as salas de cinema abertas, tudo com as novas e necessárias medidas de segurança. O que não ficou com luz verde para poder recomeçar foi a tauromaquia que terá de esperar mais uns tempos para poder iniciar, o que está a gerar descontentamento por parte de cavaleiros, forcados e todos os profissionais envolvidos que na passada Segunda-feira, 01 de Junho, protestaram junto ao Campo Pequeno, com vários rostos conhecidos a acorrentarem-se aos portões da praça. 

Não sou defensor da arte do toureiro, bem pelo contrário, mas mesmo recriminando esta histórica tradição e sua continuação tenho de admitir que neste caso está a existir uma clara discriminação por parte do Ministério da Cultura. Se permitem a retoma de praticamente todas as atividades culturais, como não o fazem com os toureiros?

O que ainda piorou esta situação foi o facto de barrarem o regresso de homens, cavalos e touros à arena quando na praça do Campo Pequeno, transformada em sala de espetáculos, foi realizado o concerto humorístico Deixem o Pimba em Paz, idealizado por Bruno Nogueira, logo no primeiro dia de abertura das salas. Coincidência ou provocação pura?

Bruno Nogueira, és o elo mais fraco!

Alguns dos humoristas em Portugal têm feito a sua carreira através do gozo e da laracha fácil sobre os outros, mas por vezes o feitiço vira-se contra o feiticeiro para com essas mentes que se dizem brilhantes.

Apetece-me falar de Bruno Nogueira, o fantástico cérebro do programa da RTP, Odisseia, isto porque depois de andar a fazer vários programas onde acrescenta rótulos aos outros e de atirar piadas fáceis para o seu público fiel, agora parece que o feitiço se virou contra o feiticeiro. 

Com a criação de Odisseia, que só podia ter mesmo aparecido de um cérebro que se acha brilhante e que nunca achei piada, as criticas têm surgido. O formato é uma série sem nexo, onde o seu protagonista se quer mostrar como o conquistador com piada. Neste formato, que a RTP deu luz verde e autonomia para ser criado e colocado no lugar do desvalorizado pela direcção do canal, Estado de Graça, Bruno Nogueira convidou alguns amigos para partirem à aventura. Mas as coisas são tão más, mas tão más neste programa que acabam por afugentar quem passa por esta mistura de cenas, textos e gente rídicula.

A maioria dos críticos não tem deixado espaço para se dizerem coisas positivas sobre o programa e quem o diz é porque deve ser amigo ou tem algo a ganhar com isso. A par disso, o público já mostrou rejeitar esta aposta e mesmo as pessoas do mundo televisivo já deixam escapar comentários sobre o mau programa que é Odisseia.

Bruno Nogueira sempre se achou o senhor que consegue fazer coisas engraçadas e rebuscadas e embora eu nunca tenha achado graça a nada, até o compreendo, porque se tem que ser bom em algo e quando isso não acontece temos que nos valorizar, não é?

Odisseia foi mesmo o último tiro no pé que o humorista deu. Espera-se que exista bom senso para se terminar com este mau projeto o mais rápido possível porque na RTP não se tem que assistir a tudo, muito menos fazer as vontades a quem pode fazer birra!

Não compreendo como se deixa arrancar com programas deste tipo num canal generalista quando existem tantas coisas que podem ser transmitidas e outros formatos de que o público gosta e adere são retirados do ar.

Ainda se o Bruno fizesse caso das críticas que se fazem sentir, mas o pior é que me parece que mesmo ouvindo, sentindo e lendo ainda vai pensar... «eles gostam mesmo desta minha ideia brilhante, para falarem dela, é porque sou mesmo bom nisto».

Enfim, uma Odisseia foi criada sem nexo nenhum, mas com muita auto-estima do seu autor. Este país vai de mal a pior! Esta aposta nem num canal de cabo seria certeira, enfim...