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O Informador

Alma, de Tiago Correia, no Teatro Aberto

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Vencedor do Grande Prémio de Teatro da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) em 2018, Alma, o texto de Tiago Correia, chegou ao palco da Sala Vermelha do Teatro Aberto para relatar a procura insistente de um sentido para a vida por parte de três jovens estudantes de teatro perdidos e sem significado. 

Encenado por Cristina Carvalhal e interpretado por Bernardo Lobo Faria, Bruna Quintas, Guilherme Moura e Sofia Fialho, em Alma os curtos e fáceis diálogos ajudam a desbravar caminho entre três amigos que debatem os seus próprios conflitos através de temas como o amor, amizade, ciúme, família, relações e obstinação. 

Partindo de um espaço húmido e de solidão de um sótão com uma cama cheia de vazios, dois amigos fazem as suas visitas para que ao mesmo tempo se justifiquem sobre quem são e o que valem numa sociedade onde as representações tomam lugar num mundo cheio de vontades, contrastes e adversidades que deixam o real sentido das aproximações de lado. O que cada um vale no presente quando existe um futuro tão inserto, feito pela procura de uma perfeição visual através das redes sociais e o uso necessário dos outros, sem que faça sentido a perceção de preocupação. Procurando o sentido da vida como forma de apaziguar o que está para acontecer, uma quarta personagem entra em cena, após os complicados e violentos conflitos existentes, para desbravar caminho e abrir consciência perante o verdadeiro sentido e a necessidade de entrega para receber.

Alma é daqueles trabalhos apresentados no Teatro Aberto onde a concentração é fundamental, focando temas, debatendo contrastes e pretendendo que o público faça a sua própria reflexão para que entenda o que estará mal consigo e cujas personagens mostram a frio. 

 

Convites duplos | Alma

01 de Fevereiro

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O Teatro Aberto inicia o ano de 2020 com um novo espetáculo na Sala Vermelha, Alma. Da autoria de Tiago Correia, com encenação de Cristina Carvalhal, e com Bernardo Lobo Faria, Bruna Quintas, Guilherme Moura e Sofia Fialho a comporem o elenco, neste novo trabalho onde o vazio do presente é confrontado com o pensamento no futuro, a discussão é lançada entre um grupo de jovens. 

Com sessões às Quartas, Sextas-feiras e Sábados, pelas 21h30, às Quintas-feiras pelas 19h00, e aos Domingos pelas 16h00, Alma convida o público a visitar o Teatro Aberto pelas próximas semanas. Para te ajudar a assistir a esta produção, tenho convites duplos para sortear!

 

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Sinopse:

«Eles não sabem nada

Sobre nós não sabem nada

Não percebem mesmo nada»

Diz o rapaz, imobilizado numa cama, referindo-se aos adultos.

Dois amigos visitam-no e tentam perceber o que se passou.

Mas as palavras perdem sentido. As imagens nas redes sociais falam mais alto e mais depressa.

Os três guardam segredos, que os afastarão de forma violenta. Até aparecer uma desconhecida, tão isolada quanto eles, que parece deter a palavra mágica para abrir a “caverna”.

Alma é a história de quatro adolescentes em busca de um futuro que apazigue o vazio dos dias.

 

Ficha Técnica

Dramaturgia: Cristina Carvalhal e Pedro Filipe Marques

Encenação: Cristina Carvalhal

Cenário e Figurinos: Ana Vaz

Vídeo: Pedro Filipe Marques

Desenho de Luz: Cárin Geada

Sonoplastia: Sérgio Delgado

Assistência de Encenação: David dos Santos 

Interpretação: Bernardo Lobo Faria, Bruna Quintas, Guilherme Moura e Sofia Fialho

 

Espetáculos

4ª, 6ª e Sábado às 21h30 

5ª às 19h

Domingo às 16h 

Sala Vermelha

 

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Para que todos possam ter a oportunidade de assistir a este espetáculo, tenho convites duplos para a sessão de Sábado, 01 de Fevereiro, pelas 21h30. Este passatempo irá estar disponível até às 10h00 de dia 31 de Janeiro, Sexta-feira, e nesse dia serão revelados os nomes dos vencedores nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. Os premiados serão contactados via email com as recomendações para o levantamento dos bilhetes acontecer nas melhores condições. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem.

O Pátio das Cantigas

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A crítica tem sido positiva para com o filme O Pátio das Cantigas de Leonel Vieira, no entanto e embora tenha gostado, várias falhas técnicas estão presentes na produção nacional que tem conquistado o público cinematográfico.

Com um elenco de peso, conhecido da maioria dos espetadores televisivos, O Pátio das Cantigas é um produto que consegue aliar seriedade com diversão num texto que podia ser mais corrido mas que não perde em momento algum o sentido. Notei que por ter várias personagens e todas terem o seu destaque, várias histórias vão-se perdendo ao longo do tempo e acabam por ficar com finais em aberto, parecendo que estamos perante um episódio de uma qualquer série ou novela que na próxima semana irá continuar no mesmo horário. Não existe um corte, um desfecho lógico no que vai sendo contado com praticamente todas as personagens que andam de um lado para o outro com as suas trapalhadas emocionais que acabam por não conseguirem chegar a lado algum.

No que toca ao elenco e tirando um excelente Miguel Guilherme pelo campo masculino, nota-se em geral que as moças estão acima dos atores escolhidos que fizeram mais do mesmo daquilo a que estão habituados, comédia, comédia e comédia. Elas sim, com personagens talvez mais normais, conseguem dar nas vistas com a sua representação que mostra que estão na profissão certa, ao contrário dos humoristas a que não acho piada alguma, mas isso já pode ser coisa minha por não simpatizar com grande parte daqueles cómicos. 

Enredo e elenco relatados, eis que em termos técnicos detetei algumas falhas, entre elas a luz das câmaras quando algumas personagens estão de óculos de sol e nota-se claramente que têm uma câmara à sua frente com a luz ligada em foco. Não custava nada ter retirado aquela situação de cena! Depois algumas sombras em determinadas cenas de pessoas que não estão em cena também vão aparecendo aqui e acolá como se a rua tivesse cheia de pessoas a passarem, o que não era o caso. E outra coisa... Qual a razão de recorrerem a uma Oceana Basílio para fazer de portuguesa que volta do Brasil passados quinze anos quando poderiam ter contratado uma atriz do outro lado do Atlântico que esteja a viver por cá, como é o caso das duas que entram no filme quase como figurantes? Não percebi, tal como não percebi aquela personagem falar claramente de modo brasileiro quando passou mais tempo em Portugal do que do outro lado do oceano, não se perdendo naquele tempo o sotaque como aparentou acontecer.