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O Informador

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Título: A Bibliotecária

Título original: The Librarian

Autor: Salley Vickers

Editora: Cultura Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2020

Páginas: 312

ISBN: 978-989-8979-48-3

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Em 1958, Sylvia Blackwell, recém-licenciada de uma das novas escolas de bibliotecários do pós-guerra, assume um emprego como bibliotecária infantil numa biblioteca degradada na vila de East Mole.

A sua missão é despertar o entusiasmo das crianças de East Mole pela leitura. Mas o caso amoroso de Sylvia com o médico da vila casado e a amizade com a sua filha precoce, o filho do vizinho e a neta negligenciada da senhoria acendem os preconceitos da comunidade, ameaçando-lhe o emprego e a própria existência da biblioteca, com consequências dramáticas para todos.

A Bibliotecária é um testemunho comovente da alegria de ler e do poder dos livros em mudar e inspirar todos nós.

 

Opinião: A Bibliotecária é um livro sobre livros, mais especificamente de livros infantis, onde o degradado núcleo de uma biblioteca infantil se torna o centro da ação quando Sylvia chega a East Mole com novas ideias e partilhas para fazer chegar a literatura aos mais novos. 

Numa história que envolve companheirismo, amor, amizade, vontade de ajudar e partilha nos anos 50, Sylvia é apresentada como uma jovem formada com um novo mundo para ser explorado e perante o qual quer valorizar o seu conceito entre a união entre os livros e os pequenos leitores. Na vila onde é acolhida rapidamente acaba por encontrar uma sociedade bem diversificada onde tanto consegue ser aceite como a nova vizinha bibliotecária como consegue gerar olhares menos positivos pela resistência perante a mudança e os receios das tomadas de lugar.

Sylvia desce cedo consegue apelar à visita ao espaço infantil da biblioteca da vila aos seus vizinhos mais novos do lado e consequentemente consegue abranger o serviço escolar, conhecendo novos rostos que chegam à localidade também com novos horizontes perante o futuro numa vila fechada e com costumes bem vincados. O carinho pelas crianças, o amor impossível por um homem casado que a leva a idealizar uma mudança de vida pessoal, o contraste nas relações para com os vizinhos, as incompatibilidades com a senhoria e um chefe altruísta. Acima de tudo relações que surgem e que se vão transformando com o tempo em que Sylvia convive, transforma e deixa que cada um entre na sua vida com espaço, alterando a forma de estar e enfrentando os vários problemas que se vão colocando pelo caminho com os entraves que os opositores lhe vão colocando e o apoio de quem lhe quer bem. 

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Título: Lisboa Reikjavík

Título original: Brakio

Autor: Yrsa Sigurdardóttir

Editora: Quetzal Editores

Edição: 2ª Edição

Lançamento: Janeiro de 2020

Páginas: 448

ISBN: 978-989-722-630-4

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: «Ægir e a família falaram com a Islândia quando o iate estava a deixar o porto em Lisboa, mas nunca mais se soube deles desde então.»

Um iate de luxo abandona o porto de Lisboa tendo como destino Reykjavík, na Islândia. Despedindo-se das temperaturas agradáveis da capital portuguesa, a bordo seguem sete pessoas que enfrentarão o frio mar daquele inverno, a caminho do norte. Porém, daí a alguns dias, quando o barco entra no porto de Reykjavík, ninguém é encontrado a bordo. O que aconteceu à tripulação e à jovem família que seguia nele ao zarpar de Lisboa? O que se teria passado em Lisboa, ou durante a viagem, que possa explicar o desaparecimento?

Este é o cenário do melhor e mais assustador romance escrito até hoje pela rainha do policial nórdico, antes publicado com o título O Silêncio do Mar — um mistério sobre a escuridão do oceano, Lisboa, a família, a fama, negócios obscuros e, como sempre, o mal e a conspiração do ódio.

 

Opinião: Um iate de luxo deixa Lisboa com destino a Reykjavík, levando consigo a tripulação e uma família composta por um casal e duas meninas gémeas. Na cidade da Islândia a embarcação chega sem pessoas, sem corpos e sem pistas sobre o que terá acontecido ao longo da viagem para que as sete pessoas que embarcaram na cidade portuguesa não desembarquem no seu destino.

Numa história contada entre um passado recente, onde se consegue acompanhar a vida no iate para se perceberem os vários passos que vão sendo dados ao longo da viagem e os momentos em que os vários incidentes vão acontecendo, e o presente, onde na cidade o leitor acompanha Thóra, a advogada contratada pelos pais do elemento masculino do casal, numa procura intensa perante todos estes estranhos desaparecimentos. Sete pessoas embarcaram em Lisboa, nenhuma chegou a Reykjavík, chegando o iate vazio numa paragem conturbada e automática ao porto. Tudo vai sendo contado ao mesmo tempo e a verdade é conhecida mesmo no final num mútuo conhecimento entre o que aconteceu no iate e o relatório a ser feito aos familiares que ficaram sem filho, nora e netas. 

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Título: A Educação de Eleanor

Título original: Eleanor Oliphant is completely fine

Autor: Gail Honeyman 

Editora: Porto Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2017

Páginas: 328

ISBN: 978-972-0-04898-1

Classificação: 4 em 5

 

Sinopse: Eleanor Oliphant tem uma vida perfeitamente normal - ou assim quer acreditar. É uma mulher algo excêntrica e pouco dotada na arte da interação social, cuja vida solitária gira à volta de trabalho, vodca, refeições pré-cozinhadas e conversas telefónicas semanais com a mãe.

Porém, a rotina que tanto preza fica virada do avesso quando conhece Raymond - o técnico de informática do escritório onde trabalha, um homem trapalhão e com uma grande falta de maneiras - e ambos socorrem Sammy, um senhor de idade que perdeu os sentidos no meio da rua.

A amizade entre os três acaba por trazer mais pessoas à vida de Eleanor e alargar os seus horizontes. E, com a ajuda de Raymond, ela começa a enfrentar a verdade que manteve escondida de si própria, sobre a sua vida e o seu passado, num processo penoso mas que lhe permitirá, por fim, abrir o coração.

 

Opinião: Um primeiro romance de Gail Honeyman como A Educação de Eleanor jamais pode passar ao lado das boas críticas. Foram anos com este livro em espera para que quando lhe peguei perceber que mais um erro cometi pela espera e por outros lhe terem passado à frente. Comovente, divertido e humano são três dos pontos chave desta narrativa lúcida, transformadora e real que é contada de forma quente e aconchegante para não se perder o entusiasmo pela mudança de vida de Eleanor.

Convidado a conhecer o presente e partes da infância conturbada de Eleanor, o leitor entra num mundo complexo mas despreocupado onde a alegria se mistura com a crueldade de vidas que nos passam muitas vezes despercebidas. Num encadeamento suave e revelador, a autora consegue mostrar que os traumas e penas do passado conseguem pesar nas marcas presentes de qualquer um de nós. Inicialmente somos convidados a conhecer uma jovem secretária, solitária e desconectada do mundo até que os seus atos vão sendo descortinados com as memórias do seu passado através de conversas que pesam e reconforto atuais que transportam momentos bons para mágoas identificadas do que já lá vai e não volta mais. 

A história de Eleanor é feita na solidão de quem enfrenta um emprego de oito horas de trabalho quase por obrigação, faz as suas compras básicas no supermercado e recolhe-se sozinha em casa nos tempos livres. Sentindo que passa ao lado de uma equipa ajustada mas onde não se sente integrada e que ainda é colocada de parte pela sua forma de estar, não se apercebendo que os seus comportamentos a levam a ficar de lado, tal como os outros não procuram explicações. Isto acontece, muitas vezes devido a medos, receios e traumas que acabam por sustentar depressões com isolamentos, transtornos e derrotas. No entanto Eleanor, sem esperar, consegue ver a sua vida transformada sem procurar e de forma totalmente inusitada. Um incidente que acaba em conhecimento que a ajuda a saber gerir a partilha e o espaço sem se dar conta e a responsabilidade e a oportunidade de procurar a sua própria identidade numa sociedade em movimento surgem aos poucos. O espelho torna-se num bom amigo desta solitária mas responsável mulher, a presença de quem lhe quer bem só a ajuda e em pouco tempo o que de mau parece existir numa vida com todos os critérios para ruir é transformada para se dar a volta, como que uma planta no escuro e mal regada voltasse a ver a luz do dia e as vitaminas a ajudassem a rejuvenescer.  

A tristeza e a dor com que são vividos muitos momentos de Eleanor para depois se sobressair e conquistar são como uma autêntica chapada ao leitor que com pequenos problemas cria um abismo de onde parece não ser possível sair assim tão facilmente.

Conheci a Eleanor com poucas expectativas e rapidamente me rendi, primeiramente pela sua boa disposição e peripécias iniciais que unem dramatismo e desatenção no que parece ser um ciclo de momentos inusitados para que depois perceba que todos esses momentos que me agarraram com algumas gargalhadas se transformam numa perceção de uma vida pesada e com alguma lamuria. Eleanor conquista logo de início mas é quando se percebe tudo o que está para trás que se entende cada pormenor dos seus comportamentos que passam assim de merecer gargalhadas para surgir a vontade de acarinhar e ajudar a procurar um novo rumo que a própria consegue conquistar sem que tenha procurado mas perante a oportunidade não se deixou ficar. 

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