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O Informador

CRIAS, cinema em ponto pequeno!

cartaza4_crias2Em Abril o Teatro Turim, em Benfica, Lisboa, iniciou as exibições dos ciclos de cinema com a iniciativa Bobine Rebellis, agora será com o projeto CRIAS que estas sessões serão retomadas através de curtas-metragens portuguesas para crianças!

No CRIAS o cinema é dedicado ao público infantil e juvenil, mostrando as produções nacionais aos mais pequenos. Marta Ribeiro e Joana Peralta são as duas jovens realizadoras que elaboraram este projeto com a finalidade de divulgar o cinema independente e emergente do nosso pais às futuras gerações de espetadores, estando a convidar pais e filhos a visitarem o espaço lisboeta pelos fins-de-semana de Outubro! Como de pequenino é que se torce o pepino, é importante criar hábitos culturais às nossas crianças, estando este projeto a incentivar os bons costumes entre os mais novos.

Destacando os filmes de escola e realizadores emergentes, serão as produções de Regina Pessoa, Joana Toste e José Miguel Ribeiro a terem destaque no CRIAS ao longo dos seus dias de exibição. Com sessões ao Sábado pelas 18h00 e ao Domingo pelas 15h00, as crianças pagam 3€, estando os bilhetes dos adultos a 4€. No entanto e quem optar pelo bilhete familiar, serão 10€ para dois adultos e uma criança.

O CRIAS estará pelo Teatro Turim ao longo dos fins-de-semana de Outubro e a organização deixa o convite a todas as famílias para mostrarem o que de bom anda a ser feito pelo cinema nacional!

Mais Vistos de Abril

Abril, o mês da revolução que mudou Portugal há quarenta anos simbolizou neste 2014 o melhor mês de sempre d' O Informador, o que só me pode deixar alegre e convicto que o trabalho que tenho feito tem chegado a cada vez mais pessoas dia após dia. Por isso e por estarem desse lado... Obrigado!

Quero com este texto, tal como é hábito, partilhar o top 10 dos mais vistos destes últimos dias e quase sem surpresas... Os passatempos continuam a fazer das suas e mesmo os que já aconteceram há uns bons meses continuam a marcar presença entre as estrelas deste espaço!

  1. Passatempo – Treta de Cabos – Vidas de Rocker – (as histórias secretas de XXL Blues)
  2. Passatempo – A Volta ao Medo em 80 Dias
  3. Rir com listas telefónicas
  4. Passatempo – Grande Revista à Portuguesa [16ªedição]
  5. Passatempo – A Publicidade Segundo o Meu Tio Olavo
  6. Passatempo – Grande Revista à Portuguesa [19ªedição]
  7. Passatempo – Robin dos Bosques [5ªEdição]
  8. Passatempo – Grande Revista à Portuguesa [18ªedição]
  9. Passatempo – Grande Revista à Portuguesa [17ªEdição]
  10. Bobine Rebellis no Teatro Turim

Dois textos que não estão inseridos no lote de passatempos conseguiram ao longo de Abril encaixarem-se entre a lista dos mais visualizados! Os prémios teatrais e literários que tenho vindo a atribuir têm tido o sucesso do seu lado, notando-se tal facto através das visualizações que os passatempos têm mantido. Para além desses prémios que estão sempre aliados a parceiros, os dois outros textos conseguiram impor-se e aparecer nesta lista... Rir com listas telefónicas, um post já com alguns meses de publicação e que há umas semanas tem vindo a ter mais leitores que o habitual, mostrando que não só a atualidade tem interesse, estando sempre o passado pronto para dar nas vistas. Depois o Bobine Rebellis no Teatro Turim, um texto sobre uma iniciativa que funcionou como uma montra de curtas metragens que não têm espaço nos grandes festivais do género conseguiu ficar pelo décimo lugar, atraindo visitantes ao blogue e acredito que deu resultado e outras pessoas ficaram assim a saber pormenores e como poderiam chegar à sala do Teatro Turim para poderem ver algumas das curtas em exibição.

E é isto, este é o top de Abril que não é tão surpreendente como a revolução dos cravos, mas foi o que se arranjou!

 

Bobine Rebellis no Teatro Turim

Bobine RebellisO Ciclo de Cinema proporcionado pela Bobine Rebellis no Teatro Turim já começou e O Informador marcou presença no primeiro dia, a primeira de quatro quintas-feiras de Abril em que curtas-metragens que não chegam aos grandes circuitos comerciais ganham visibilidade junto do público. Homecoming, de Filipe Coutinho, Embargado, de Leandro Silva, Quando Aprendi a Não Ter Medo da Morte e A Menina com Medo do Escuro, ambas de Maria Reis Andrade e Sementes e Frutos, de Rafael Gonçalves, foram as cinco curtas a que pude assistir e às quais posso dar nota positiva no seu conjunto.

Em Homecoming é retratado um lema humano onde a morte espreita, existindo um amor entre progenitor e filha e uma traição por parte da sua companheira. Tendo uma morte final já esperada, retratando assim os últimos dias de vida de um homem a quem lhe foi diagnosticado um tumor e que deixou de lutar pela vida pela falta de paz interior, esta curta gravada em inglês tem tudo para conseguir conquistar um público mais vasto, sendo o tipo de produto que os amantes do romance e do drama gostam de ver passar numa grande tela de cinema. Inspirado em factos reais e familiares, Filipe Coutinho retratou assim um tema que lhe esteve próximo e fê-lo da melhor maneira.

Com Embargado o seu criador Leandro Silva conseguiu em jeito de making off unir a ficção com a realidade fugindo da tradicional gravação deste género de produtos, deixando os espetadores com o pensamento que tudo o que é visto é mesmo verdade, não existindo ponta de ficção. Uma excelente ideia, que consegue enganar facilmente o público através da sua história que levou seis meses a gravar e que já conseguiu infiltrar-se em dois ou três festivais de curtas desde que foi criada. Um produto que não consegue conquistar todos, mas que tem o seu alvo bem definido, conseguindo cativar.

Maria Reis Andrade criou em casa as suas duas curtas animadas, Quando Aprendi a Não Ter Medo da Morte e A Menina com Medo do Escuro, mostrando assim a sua preferência por uma arte do cinema que não é muito vista. Através de rabiscos onde são criadas personagens a preto e branco, ambas as rápidas histórias contam o medo e os receios que talvez a sua autora também foi sentido ao longo do tempo, com as inseguranças que a vida profissional e o futuro lhe podem dar. A luta para com a morte que pode aparecer a qualquer momento e o medo do escuro bem presente nas crianças foram os temas que inspiraram a Maria nestas suas produções animadas.

Sementes e Frutos, de Rafael Gonçalves, explora um lado mais sensitivo em detrimento do cerebral, mostrando as ideias e vontades do seu criador em determinada altura. Para o seu realizador, autor e produtor, esta curta é uma homenagem à família, mostrando a calma do campo, sem falas e onde a natureza reina, deixando o tempo passar à espera do amanhã. Uma produção simples e pessoal que não consegue lutar com as histórias comerciais.

Cinco curtas-metragens, quatro autores e quatro estilos bem diferentes... O drama, a comédia, a animação e o relaxamento são as formas com que consigo identificar estes cinco produtos de autores nacionais que não têm conseguido mostrar o seu trabalho pelos grandes festivais cinematográficos que têm tido destaque por todo o país.

Quanto ao Bobine Rebellis é uma excelente ideia, mostrando que em Portugal existe muito por onde explorar no que toca ao cinema não patrocinado e que são precisos apoios para tais produções poderem ter destaque nas grandes salas. Uma união que nasceu e que tem pernas para continuar a mostrar horas e horas de pequenos filmes que mostram a ambição dos seus criadores para conseguirem vingar no mercado com as suas ideias.

Todas as quintas-feiras de Abril, no Teatro Turim, pelas 21h30 e pelo preço de 3€. Vale a pena ver estas e outras curtas que recebem depois os comentários de Gonçalo M. Tavares, Nuno Galopim, Teresa Tavares e Fernando Alvim, um em cada sessão e pela ordem mencionada!

Ciclo de Cinema - Bobine Rebellis

bobine-cartazAbril está aí e este mês um ciclo de cinema de novos cineastas portugueses acontece no Teatro Turim. Com a finalidade de mostrar ao público a quantidade de jovens que escrevem, produzem e filmam centenas de curtas-metragens por ano, sem conseguirem alcançar o público pretendido e os festivais e circuitos comerciais, chega agora esta iniciativa da Bobine Rebellis, com uma nova forma de passar cinema português!

A cada Quinta-Feira de Abril - dias 3, 10, 17, 24 -, será projectada cerca de uma hora de cinema português praticamente inédito, na presença dos autores e de comentadores, entre eles, Gonçalo M. Tavares e Fernando Alvim que, com o público presente, criarão um espaço de diálogo e opinião longe das pontuações nos jornais, dos prémios e cerimónias, e do preconceito de ouvir falar português no grande ecrã. Com esta montra pretende-se mostrar a energia, a iniciativa, a guerrilha, a paixão e a diversidade de obras despreocupadas com paradigmas estéticos e com a aflicção da crise. Com este evento, o Teatro Turim une a ida ao cinema com um espaço de experimentação, risco e liberdade artísticas dos novos criadores, sempre a pensar no compromisso da comunicação com o público.

Ao longo do mês de Abril existe assim uma montra onde o desejo de ver o cinema português crescer pela mão de uma geração que pode ser muito maior do que aquela que é eleita pelos festivais de cinema em Portugal tem um lugar. O público pode assim encontrar-se com os jovens criadores que marcarão o futuro do país, apoiando e incentivando estas produções para que amanhã possam existir bons portugueses pelo mundo cinematográfico.

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