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O Informador

Agora bebo um copo e puff!

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A meio de 2021 confesso que se beber um copo de vinho sinto-me meio zonzo quando me levanto, se beber dois então imagina que até sinto as pernas a cambalearem para lá de Bagdá. 

Se recuar um ano e meio, quando a vida parecia chata e nem sonhávamos em como iríamos andar de castigo por uns meses, já anos, e quando jantava fora ou saia à noite e bebia álcool em maiores quantidades que o habitual acabava por me aguentar na bobagem da bebida, consumindo vinho, imperiais, bebidas brancas e afins, aguentando a bomba sem pouco que se notasse. Hoje, ano e meio volvidos, e eis que após um simples copo de tinto se me levantar e andar um pouco já me sinto zonzo, ficando como que meio alcoolizado com tão pouco. 

Comer sim! Beber nem pensar!

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No meio de todas as restrições impostas em tempos de confinamento existe uma que de tão ridícula até parece mentira. Como é sabido os restaurantes podem vender comida em regime de take away, no entanto existe um valente mas neste sistema. É que podes comprar as entradas, o prato principal e os doces, no entanto nada de bebidas para acompanhar a dita refeição.

Imagina-te na hora de almoço, na pausa do trabalho, vais ao restaurante da esquina levantar a tua refeição, como é o primeiro dia que fazes a encomenda não sabes que a bebida não está disponível. Chegas, levantas o que pretendes e ups, ou comes e ficas embuxado ou tens de ir ao supermercado mais próximo comprar algo para acompanhar aquele cozido à portuguesa que espera por ti. Sabes aquelas conhecidas cadeias de fast-food de hamburgueres e não só? Agora se fores à janela fazer o teu pedido de menu pagas menos, mas só comes e nada de direito a beberes o que quer que seja, nem a simples garrafa de água. Quem nega água ao próximo? O governo nacional pois então!

Partilha uma Cola-Cola

Coca-Cola RicardoA iniciativa Partilha uma Coca-Cola tem estado a decorrer por todo o país e quando se pega num refrigerante da marca logo se tenta perceber com quem se vai partilhar a mesma. Eu não consegui encontrar o meu nome pelas latas dos supermercados e ao observar a lista das possibilidades consegui perceber que o meu nome não estava disponível, como tal fiz a minha própria lata no site dedicado à iniciativa.

A Coca-Cola lançou o mote e agora todos andam a fotografar as suas latas e a publicarem as imagens com o hashtag #partilhacocacolacom pelas redes sociais. São já milhares de partilhas feitas pelo Facebook, Twitter, Instagram, ... e muitas ainda estão para surgir!

Quem quiser e não conseguir encontrar o seu nome poderá fazer a sua encomenda pelo site preenchendo um rápido questionário ou então ir até um dos eventos de personalização que a marca tem andado a fazer por todo o país e em locais acessíveis a todos. Eu optei por ficar só mesmo com a imagem para mais tarde poder dizer que tive uma Coca-Cola com o meu nome gravado e que tirei a fotografia para a posteridade, criando assim uma ilusão sobre algo que nunca existiu. 

Coca-Cola, uma marca com história e com uma iniciativa que tem feito sucesso junto do seu público alvo, tendo sido assim uma aposta ganha e sem terem que fazer grande alarido com campanhas de marketing e promoções.

40 e Então?

40 e entãoAs quarentonas estão retratadas na peça 40 e Então?, em cena no Teatro Tivoli BBVA. Eu, que ganhei um passatempo lançado pelo Guia de Lazer do jornal Público, assisti a este espetáculo com as atrizes Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria Henrique, conseguindo perceber que existem mulheres que mesmo não tendo tal idade, conseguem atingir os pensamentos dos «40»!

Em palco as três atrizes desfilam personagens e vidas ao longo da interpretação de vários textos escritos por Helena Sacadura Cabral, Rute Gil, Sónia Aragão, Ana Bola, Silvia Baptista, Rita Ferro, Maria Henrique, Leonor Xavier e Inês Maria Menezes, mostrando o que é a vida de uma mulher com quarenta anos! Os desafios da idade, a maternidade, as sogras, as saídas, a bebida, o divórcio, a moda e os mil e um assuntos que conseguem preencher a mente de uma mulher ao longo das suas vinte e quatro horas do dia marcam presença nesta peça.

Um espetáculo divertido, com três atrizes que surpreendem e com um andamento perfeito! Sem intervalo para não perder o ritmo, 40 e Então? mostra os problemas enfrentados quando se passa para a barreira dos «enta» e tudo parece começar a desmoronar. Três amigas em palco numa união e sintonia encruzilhada onde se juntam com tantas «Marias» que andam por aí à procura da felicidade e do bem-estar.

Leve, espontânea, fácil e bem interpretada são quatro dos vários factores positivos que o espetáculo tem para levar a sua plateia aos aplausos e risos ao longo de hora e meia. Gostei e recomendo a qualquer pessoa, principalmente às mulheres que estão prestes ou já passaram a barreira dos 40!

Dom da atracção policial

Já não sei se o mal é meu ou se tenho a pouca sorte de andar por estradas com minas e armadilhas colocadas pela Brigada de Trânsito, mas o que é certo é que semana sim, semana não, sou mandado parar, tendo de soprar o balão, mostrar os documentos pessoais e do veículo, seguindo depois viagem. Sorte!

Desde que tirei a carta que já devo ter recebido a ordem de paragem em operações stop mais de vinte vezes, só que neste início de 2014 tal facto já me aconteceu em três locais, o que mostra que eles andam mesmo aí em busca da multa através da falta de documentos ou na posse de algo a mais.

Quando vou sair à noite e estou de regresso a casa a conduzir começo logo a pensar que em algum local vou ser mandado parar. Se em alguns casos não vejo os agentes por aí e sigo viagem sem paragens indesejadas, em outras situações lá chego ao tal sítio onde avisto luzes azuis e vermelhas com ordem para parar a todos os veículos.

Até hoje, e sempre que fui interceptado pela Brigada de Trânsito, tenho passado incólume porque quando conduzo pouco ou nada bebo e tenho tudo em dia, mas nunca se sabe! Espero que a sorte para com as comunicações com os senhores agentes continue a ser positiva e que comece a ter um pouco mais de descanso com tanta paragem sem razões!

Com este caso, parece-me bem que tenho o dom da atracção policial!

Ressaca

A idade não perdoa e embora tenha 26 anos, a minha aptidão para andar nas noitadas já não é a mesma de há seis anos atrás. Agora além de não me aguentar para além das três ou quatro da madrugada ainda tenho o problema após a prolongada saída. O dia da ressaca acaba por ser bem pior que o da saída com copos a mais!

É um facto, aos 26 anos já sinto o peso da idade e o meu estômago faz um forte alerta sobre essa situação. Primeiro, e aqui falo só dos fins-de-semana porque de semana essa hipótese é já remota, quando chego às 2h30/3h00 começo a bocejar e a fazer as contas do tempo que levo a chegar a casa para me deitar e num instante logo me tento colocar ao caminho para me esticar na cama. Como isto me faz sentir um menino que só pensa em estar quietinho e deitado e já não tem paciência para andar por aí de bar em bar na conversa. Agora apetece sair sim, para sítios cada vez mais calmos, onde possa estar na conversa, mas só até àquela hora, passando aquela barreira já me começo a cansar e a birra do sono a aparecer.

Além do horário, agora existe o problema de que não posso beber mais que aquela conta. Se conduzir tenho cuidado, mas se não conduzir posso esticar-me mais um pouco, porém e se agarro em copos acima da média logo a noite de sono vai ser exaltada e o dia seguinte muito complicado.

Dores de estômago, sede, falta de apetite e uma vontade nula para reagir a qualquer situação são os meus principais atacantes no dia da ressaca. Sim, para quem acha que a idade não pesa isso é mentira porque tudo se faz sentir, da vontade ao cansaço, do estômago à cabeça, da mente à atitude. Tudo! Tudo! Tudo!

Ar angelical, eu?!

Pareço mais novo do que sou e como se já não bastasse ainda olham para mim como se fosse um anjinho caído do céu e que tem o mundo idílico à sua frente para poder passear sobre as nuvens do paraíso. Pois, as pessoas até me dizem que «não bebo, não fumo e não f__o». Ai, acham mesmo?!

Será que quando olham para mim acreditam que sou um rapaz bonzinho e para quem está tudo bem por parecer quase sempre bem disposto e de bem com a vida? Se pensam isso estão muito bem enganados porque posso ser calminho para quem não me conhece, mas não sou assim tão pasmado, quieto e bem comportado como aparento. Acreditam mesmo que não gosto de beber álcool? Que engano pessoal! E depois, será que não fumo? Não, fumar não fumo, e só mesmo se estiver muito bêbedo é que posso colocar um cigarro à boca, mas só se estiver mesmo em êxtase! E o resto? Querem ver que por me darem menos dez anos de idade também pensam que sou virgem e que não conheço o prazer do sexo?

Eu não sou assim... Eu bebo, eu fumo raramente e f__o quando me apetece!

Aos 26 bebi ao pé dos pais

Sim, é verdade! Foi ao longo de 26 anos que deixei as bebidas alcoólicas de lado quando estava ao pé dos meus pais. Não sei por que razão sempre fui fazendo isto, mas foi acontecendo e como não temos o hábito de se beber em casa, quando eram encontros familiares eu não bebia nada com álcool por eles estarem presentes.

No último almoço de família a sangria apareceu na mesa e eu que nem estava como condutor nem nada não consegui resistir. Enchi o meu copo com sangria, pela primeira vez, perto dos meus pais. Meu pai não disse nada e na volta nem reparou, agora a minha mãe deixou logo escapar, «vais beber?». Acho que não respondi, mas devia ter dito, «não, vou só comer para ficar engasgado!». Estou a brincar e era para fazer a piada! Eheheh!

Mas é verdade, nunca tinha bebido perto dos meus pais e pronto agora já o fiz e sem pensar se devia ou não... Queria sangria e coloquei-a no copo, sem pensar em quem estava por perto! E não me fiquei por um copo, nem dois, nem três... Foram mais! Depois disso ainda veio o licor! Perdi a vergonha sem me dar conta!

Sempre fui um menino tão bem comportado ao lado dos papás que até me dá nervos de mim próprio!