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O Informador

Já vos contei?

Dezembro está a aproximar-se e nesse mesmo mês, se as coisas correrem dentro do previsto, serei tio emprestado da Madalena! Yeh, os meus afilhados de casamento estão à espera da primeira filha que já está formada e a ganhar peso dentro da barriga da mamã. 

Já a senti! Já a trato por Madalena e começa a contagem decrescente para poder ir ao hospital conhecer a minha mais recente sobrinha, aquela que vou ver sempre como se fosse da minha família. Faltam três meses e pouco para ela nascer e começar a olhar-me nos olhos, momento em irá perceber quem é o tio fixe que vai andar sempre pela sua vida, umas vezes mais presente, outras mais ausente, mas isso é o normal em mim.

O bebé da Madeira

Num dia do mês de Janeiro os noticiários televisivos da hora de almoço abriram com a notícia de que um bebé tinha desaparecido no concelho da Calheta. Na altura e passados vários dias de notícias com teorias sobre o desaparecimento do menino, como a da criança ter andado a pé durante quilómetros, ter sido raptado e afins, fui dizendo aqui por casa que a reacção dos pais perante tal desaparecimento não era normal, existindo ali algo a esconder.

Agora sabe-se que as suspeitas que também foram colocadas pela judiciária na altura acabam por ser confirmadas e os pais do pequeno Daniel já estão a ser ouvidos e interrogados. Após a mãe de Daniel ter deixado a casa onde vivia para ir habitar com outro homem, o pai quebrou o silêncio e informou as autoridades que as suspeitas que tinham sobre os progenitores acabam por se confirmar, mas somente com a mulher.

O menino ia ser vendido, primeiramente por mais de 100 mil euros e depois por metade do valor, o que iria facilitar a vida dos vendedores de uma criança inocente. Aquela família sem condições de habitação já não tinha os filhos consigo pelas últimas semanas devido às desconfianças existentes, agora confirma-se que as situações do passado não aconteceram por mãos alheias e que foi no interior do seio familiar que se deu o desaparecimento que acabou pelo reaparecimento do pequeno pela mata.

Como um pai ou mãe consegue colocar em prática a venda de um filho que foi gerado por si? Não existirá amor numa relação destas? Tantas e tantas vezes se afirma que amar é quem cria e toma conta e isso é mesmo a pura das verdades! Aquela mãe, quem é ela para conseguir deixar desaparecer um filho da sua vida para poder ter alguns milhares de euros consigo e poder fazer uma melhor vida? É certo que nas condições em que vivem não conseguiriam dar um futuro muito risonho às duas crianças da casa, mas será mesmo necessário atingir tal situação?

Um quase crime que tem de ser bem esclarecido porque existem mais pessoas envolvidas no caso que mostra que existem seres que não nasceram para serem pais!