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O Informador

Vai um balde de água fria

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Existem dias que dá vontade de abrir a janela e atirar um bom balde de água fria com pedras de gelo incluídas para as senhoras, a maioria avós da aldeia, que a partir das 07h45 se aglomeram por baixo do prédio, e eis que vivo no primeiro andar, em espera que os autocarros escolares cheguem para levarem as crianças da família que andam pré-primária, uns minutos depois da primária e depois os maiores da preparatória que no meu tempo esperávamos sozinhos e juntos pelo autocarro mas que agora precisam de companhia. 

As senhoras acordam, optam por tomar o pequeno almoço na sua maioria no café também do prédio e logo aparecem para debaterem as novidades do dia mesmo por baixo da janela do meu quarto, uma vez que os autocarros passam e param justamente naquele local. Agora imagina o que é acordar com a algazarra que logo fazem com toda a energia matinal na conversa sobre os temas do momento da aldeia e arredores, conseguindo provocar maior alarido que as crianças que geralmente são mais mexidas mas que naquela primeira hora do dia após acordarem ainda esperam meio sonolentas pelo transporte que as levam para o seu dia escolar. 

Barulho da Vizinhança

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No ato do crescimento, quando o mesmo acontece dentro de um seio familiar normal e com regras sociais bem definidas, vais percebendo que existem horários para tudo e que as regras de bom civismo são para serem respeitadas. No entanto e como bem sabemos nem todos seguimos o mesmo bom senso perante o respeito para com os outros e quando o incómodo acontece o pensamento que logo surge é sobre a falta de cuidado de uns para com os outros.

Viver em prédios ou vivendas germinadas é sempre mais do mesmo. Volta não volta lá vem barulho a mais por quem se esquece que os outros existem e pretendem obter descanso quando são horas para tal. Vivo num apartamento com vizinhos de ambos os lados e por vezes acaba por ser algo incómodo o barulho que uns e outros fazem por não terem a capacidade de perceber que nem todos vivemos acordados até altas horas da noite.

Poluição sonora

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Uns gabam-se que o supermercado do rés-do-chão do seu prédio fechou para obras e que antes disso ofereceram bolachas, compotas e sumo de polpa como que um pedido de desculpas pelo barulho que irão fazer pelos próximos dias. Já por estes lados nem aviso nem comunicados e muito menos ofertas...

O café do rés-do-chão, vivo no primeiro andar, tem estado com serviço à janela, mesmo com a abertura possível de portas há umas semanas, e agora que pensam em voltar a abrir portas aos clientes estão a fazer algumas alterações interiores e o barulho das brocas e batucadas ao longo da tarde e pela noite dentro acontece sem um ai nem ui. A verdade é que de dia ainda se suporta, mesmo tendo vizinhos que têm de dormir de dia porque trabalham de noite, o pior é mesmo quando passam as 21h00, as 22h00 e mesmo as 23h00 e por três dias seguidos ouves o barulho dos buracos a serem feitos, dos armários a serem mexidos, das louças a serem lavadas e o eco das conversas a surgir no silêncio da noite.

A música do vizinho da cidade

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É sabido que vos escrevo de uma aldeia, geralmente quando não ando por outras paragens para uns dias de pausa e fora da rotina. Aldeia geralmente significa sossego e silêncio, mesmo que seja na zona de Lisboa, no entanto nem sempre isso acontece. 

Aqui pela aldeia existem casas que são habitadas como moradas de fim-de-semana, no entanto em tempos de pandemia, um vizinho lisboeta decidiu assentar a sua vida por uns meses por aqui, numa casa de família, devendo estar a trabalhar a partir de casa, e não é que a falta de noção para com o barulho existe? O rapaz, já com idade para ter um pouco de juízo e bom-senso, não deverá ter horários, existindo dias que as batidas musicais soam bem alto pela rua para lá das 02h00, como se não estivéssemos em horário noturno e em que o silêncio é exigido por respeito a todos para bem da comunidade e de um bom ambiente social. 

Certo que não me incomoda, já que quando é para dormir adormeço sem qualquer problema, com ou sem barulho, no entanto percebo quem já se ande a queixar pelo barulho da noite, já que no silêncio da aldeia, ouvir heavy metal até altas horas quando se quer descansar para se acordar cedo, acaba por se tornar complicado. 

Telemóvel ensurdecedor

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Num dia de descanso semanal estás a dormir pelas primeiras horas do dia para tentar descansar da semana mais agitada que tiveste e começas a ouvir um telemóvel a tocar estridentemente uma, duas e três vezes. Ninguém o atende, visto não estar ninguém em casa, a não ser eu, que só queria dormir até mais tarde mas que fui assim interrompido porque alguém saiu e deixou o seu telemóvel pronto a tocar a qualquer momento e a interromper o belo adormecido entre lençóis e almofadas. 

Posso acordar bem disposto com este incomodo matinal a fazer-se ouvir pela casa inteira várias vezes até que me levanto e tenho de atender o telemóvel que não é meu? Acordar com um aparelho tecnológico alheio a servir-me como despertador porque alguém tem muito para contar logo de manhã é dose, para mais quando o meu tem um horário bem regulado para não tocar nem vibrar a partir de um determinado horário e até uma certa hora da manhã, tudo para que não esteja a dormir com um vibrador ao lado a azucrinar-me o cérebro com o seu momento de dança ao sabor de um qualquer som que no silêncio de uma casa quando tudo está em modo pausa se faz ouvir e bem, incomodando até o cão que gosta de dormir horas seguidas sem qualquer interrupção. 

Ruído na Biblioteca

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Frequentar uma biblioteca tem como característica encontrar algum silêncio para que a concentração seja exata, já que o local não é um centro de convívio nem uma parque de diversões. Geralmente nas entradas existem avisos para ser mantido o silêncio, só que por vezes o problema não vem dos visitantes mas sim dos próprios funcionários.

Há uns anos, quando era adolescente, para fazer tempo até apanhar o autocarro que me levava do centro do concelho para a aldeia, acabava por ficar um pouco na biblioteca pelos computadores municipais, aproveitando também para ler alguma da imprensa que estava exposta. Já na altura lembro-me de ver os bibliotecários responsáveis pelo espaço a andarem constantemente atrás das pessoas a pedirem silêncio e com o típico som «xchiuuuu». Hoje, mais de quinze anos depois, a história continua a mesma e os pensamentos que tenho também se mantém.

Se formos analisar, o que aquelas pessoas que estão como responsáveis não fazem, é que pedem silêncio aos visitantes da biblioteca, no entanto depois estão atrás do balcão ou andam pelos corredores, a falarem uns com os outros em alto e bom som, como se não estivessem dentro de um local onde os próprios pedem para as pessoas falarem baixo para que não perturbem os outros. Afinal em que ficamos? É que quem devia dar o exemplo acaba por mostrar exatamente o contrário e por vezes dá vontade, mesmo que o barulho dos outros não me perturbe, de perguntar aos funcionários se as regras que tentam impor não se aplicam aos próprios.

Silêncio na biblioteca

Ao longo das férias alentejanas fui até ao espaço de internet da biblioteca da vila e se há coisa que me irrita é ouvir constantemente as funcionárias a pedirem aos miúdos para falarem baixo e não arrastarem as cadeiras quando depois são elas próprias a falarem alto entre si, ao telemóvel ou com quem passa na rua.

Afinal de contas quem acaba por incomodar mais com o barulho? Os miúdos que estão a jogar e falam entre si sobre o que estão a fazer ou aquelas funcionárias, tão preocupadas, que estão constantemente a mandar vir e depois infringem as regras que tentam impor aos mais novos? 

Blogs com som!

Digo aqui de forma curta e direta que todos os blogs com som de fundo deviam ruir! 

Sabe tão bem andar todo contente a visitar espaços do género do nosso e de um momento para o outro lá aparece algum com música que logo me faz fechar a janela sem dar tempo de ler o que quer que seja. O blog pode ter um bom conteúdo, mas o barulho de fundo é completamente desnecessário!

Blogs com som... Não Obrigado!