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O Informador

Avenidas secas de Lisboa

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Carlos Moedas assumiu a presidência do Município de Lisboa no final de 2021 e numa visita recente à capital tenho a destacar que parte da obra feita pelas avenidas da capital por parte de Fernando Medina parece estar deixada ao abandono. 

Os canteiros floridos que foram surgindo nos últimos anos como um dos adornos destinados a embelezar as principais vias da capital ao mesmo tempo que serviam de separadores entre as faixas de rodagem estão agora deixados ao desmazelo. O que parecia florido e cuidado no mandato de Medina está agora seco com quilómetros em várias vias de circulação a mostrarem árvores abandonadas, pequenos arbustos secos, ervas a crescerem e em alguns locais mesmo com plantas selváticas a começarem o seu caminho para invadirem as bermas da estrada. 

Já sabíamos que Carlos Moedas não queria investir muito na beleza de Lisboa, tendo aparentemente outras preocupações ainda omitidas, no entanto será necessário deixar ao abandono o bom trabalho feito pelo autarca do PS ao longo dos últimos anos para apresentar uma cidade em que dá vontade de sair à rua e visitar?

Os canteiros outrora floridos estão agora descuidados e a entrarem em modo mata seca, no que parece ser um real desaire da boa vontade por parte do senhor Moedas por não querer seguir a linha do seu colega do partido do lado em manter a nossa capital fresca e fofa para ser considerada das mais belas da Europa junto de quem vive e visita. 

Lisboa linda de rabo de fora!

Lisboa, a capital cada vez mais turística, está também cada vez mais arranjada. A autarquia tem feito ao longo dos anos um bom trabalho de planeamento pelas principais vias, as turísticas, por sinal, para que o trânsito diminua quase por obrigação, os lugares de estacionamento sejam reduzidos, os jardins e passeios aumentem e todos fiquem a ver uma Lisboa perfeita, daquelas cidades que dão vontade de visitar e voltar por ter bom tempo, boa gastronomia, bons preços, boas estadias, bons acessos e boas infra-estruturas. Pois tem tudo, mas e o resto?

Onde estão as obras prioritárias nos bairros mais antigos onde ruas estreitas, em calçada, não levam obras? Por onde andam os apoios para não deixarem destruir vários, muitos até, imóveis em ruínas e que colocam em risco a vida de quem passa ou vive mesmo ao lado por esses bairros? Tudo é muito bonito pelas vielas centrais e de maior movimento mas onde existe a qualidade pública dos outros, daqueles que não vivem na avenida ou na sua transversal, aqueles que percorrem ruas com buracos com um pequeno jardim desleixado ao lado, uns recantos mal frequentados e uma telha pronta a cair de um qualquer telhado mal amanhado com décadas ou mesmo séculos sem manutenção?

A Lisboa dos milhões encontra-se neste momento bem preocupada com o que é mostrado ao Mundo, mas falta tanto para quem por lá vive! Falta quase tudo, melhoram o que é visível numa primeira fase mas o resto está bem atrasado, sem qualquer melhoramento, com bairros necessitados de vários apoios a todos os níveis. As pessoas que vivem na capital não necessitam somente de lindas e perfeitas avenidas, belos parques junto ao Tejo ou grandes esplanadas ao Sol. Todos precisam de qualidade dentro e fora de casa e perceber que afinal os fortes euros municipais são gastos com a pouca manutenção para os bairros antigos de ruas estreitas para que os turistas e os grandes que circulam ao longo de todo o dia pelas principais vias estejam bem e isso é mau, muito mau.

Buracos de Lisboa

BuracoLisboa e Portugal em geral tem destas coisas! Os buracos pelas calçadas e estradas estão por todo o lado onde podemos passar e esbarrar pelo local que está a descoberto sabe-se lá com culpa de quem!

Numa calçada da capital, onde diariamente passam centenas de pessoas, bem perto da entrada de um conceituado museu, quase que deixei o pé entrar neste espaço roto do chão que pela aparência mostrada do seu interior revela estar assim há algum tempo. Esta falta de pedras encontra-se mesmo no centro da calçada, sem qualquer sinalização e bem perto de uma passadeira. O que aconteceria se tivesse tropeçado e deixado o pé e consequentemente parte da perna neste espaço, sofrido algum acidente e ficasse assim magoado?

Será que os serviços municipais iriam estar do meu lado para pagar a despesa do incidente ou tinha que me ajeitar à minha maneira porque aquele local é público e eu é que devia ter cuidado? É certo que todos temos de andar com atenção onde quer que seja, mas existem situações em que a balança não está ao mesmo nível... Poderia muito bem ir na conversa e tropeçar, pisar um papel que estava por cima do buraco levando-me a cair assim, e outras situações do género!

Estes buracos não podem andar por aí como se de uma poça de água se tratassem! Pelo que se ouve falar existem funcionários camarários a mais, existem dias e dias com estas situações a descoberto e existe o bem-estar da comunidade que gosta de andar descansada pelas ruas e avenidas nacionais com tudo o que há para desfrutar das mesmas, sem preocupações pelas roturas e peças fora do sítio pelo desleixo dos serviços.

Há com cada buraco desnecessário por aí que só visto!