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O Informador

Palavras pela História

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Não vamos em 2020 destruir a História que nos ajudou a chegar onde estamos neste momento. Defendamos causas, diferenças e ideologias com o uso da palavra e não com guerrilhas e atos hipócritas de destruição de símbolos e representações.

A palavra quando bem usada consegue chegar bem mais longe que as lutas e demonstrações físicas. Não vamos destruir símbolos que marcaram a nossa História só porque nos dias que correm ainda existem grupos que não conseguem perceber o que é a igualdade de e para todos. Nem sempre os ideais foram defendidos, mas agora que existe liberdade para o fazer que respeitemos o passado com tudo o que lhe encontramos de bom e mau mas que definiu e ajudou a sociedade a evoluir até aos tempos que correm.

Atos discutíveis

No dia-a-dia vou encontrando situações que parecem que se não fossem vistas não daria para acreditar sobre o comportamento de pessoas que pensam em si e esquecem que vivem numa sociedade onde existe necessidade de bom entendimento entre todos para que não existam chatices.

De veículos mal estacionados constantemente e pelas mesmas pessoas em locais com o chão marcado para facilitar toda a vizinhança a manter a ordem no momento de deixar o carro a manobras feitas em locais com menor visibilidade, existem problemas na aldeia para com os condutores com um ego acima do normal que deixam muito a desejar. Dos carros para o lixo, existe quem espere pelas horas noturnas, após a meia-noite para ir despejar sacos gigantes ao lixo. Como num meio pequeno qualquer barulho mais forte é ouvido quando está tudo em silêncio, essas pessoas que preferem deitar os seus restos de noite para o lixo conseguem ter a proeza de abrir o contentor para que a tampa bata com força na parede e depois conseguem também baixar a dita tampa de empurrão, para que cause impacto com o eco que se faz sentir pelas casas que estão próximas do local. Sabemos que não gostam de lavar a roupa que vestem e preferem deitar fora de noite, mas com o barulho que fazem acabam por dar mais nas vistas do que se o fizessem de dia. Existe uma vendedora ambulante que para a sua carrinha duas vezes por semana próxima do local onde por vezes deixo o carro, a mim não aconteceu ainda, mas já vi que aquela dita madame do peixe abre a porta traseira da carrinha e coloca um pano nos carros que estiverem ao lado para que a dita porta não fique encostada aos vidros dos carros dos vizinhos. Será que não existe consciência que tem outros lugares onde pode estacionar sem andar a encostar a porta aos carros dos outros porque mesmo com um pano a tentar fazer de proteção podem existir riscos e depois? Além disso posso falar das escamas que a dita senhora deita para o chão e que quando parte a meio da manhã deixa como se nem tivesse dado por isso. Se alguém estiver a ver apanha, mas se conseguir escapar lá vai ela e lá ficam as escamas para serem pisadas e espalhadas por quem passa e pelo vento ou chuva que se possa fazer sentir. E o que dizer das pessoas que mal nos ouvem a entrar na rua aparecem logo à porta para darem fé de quem chega? É mesmo daqueles casos de que não se pode «dar um peido» porque todos ficam logo a saber, ao bom estilo do jornal mais sensacionalista do país. Existe também quem tenha cães que atacam pessoas e que mesmo assim os deixam andar soltos à procura de umas queixas e depois os outros é que são maus. Lembro-me de andar a correr há uns tempos e de ter de me pendurar num muro para não ser mordido, quando umas semanas antes o mesmo animal tinha ferido uma pessoa.

Vice-Versa comportamental

Volta e meia é notório que as pessoas por vezes esperam dos outros o que não conseguem fazer consigo próprias, acabando depois por mostrar que os outros erram porque são responsáveis por isto ou aquilo, quando a responsabilidade é exatamente a mesma dos dois lados. 

Há uns dias disseram-me que tenho andado meio calado por não fazer conversa através das imensas formas que as tecnologias agora nos permitem manter sempre contacto. Se ando meio calado e a pessoa reparou e nada disse durante semanas é porque também andava em modo silêncio e talvez não lhe apetecesse falar, certo? Acabou por dizer mais tarde, talvez após ter remoído sobre o assunto várias vezes, questionando-me uns dias depois quando marcaremos um café ou algo do género, tendo ficado em espera que tivesse sido eu, mais uma vez, a colocar o tema na ordem das conversas que entretanto aconteceram. 

Se eu não o faço qual a razão para quem está do outro lado não tomar a iniciativa de meter conversa e tentar combinar alguma coisa? É que tanto eu posso tentar como a outra pessoa, não têm de ficar em espera que faça e sugira as coisas quando se tem uma ideia mas fica-se calado porque ele, neste caso eu, é que tem de organizar e combinar alguma coisa.

Simpatia precisa-se!

Os comportamentos das pessoas que são mal formadas por natureza acabam por se revelar sempre e existem seres que logo de início não me conseguem dar boas impressões com a sua falsa simpatia que se nota por vezes à distância. Há dias tive um caso bem notório daqueles que revelam na verdade o que as pessoas são quando só pensam no dinheiro em tempo real e cagam literalmente para o que possa acontecer no futuro quando vivem com uma falta de bom senso incrível. 

Durante meses e todos os meses pagava uma mensalidade num certo local da zona que frequentava com regularidade. O proprietário cumprimentava-me muito bem no local e fora dele, chegando a tratar-me pelo nome quando me via pela rua ou em algum sítio. Hoje, uns meses depois e ao ter percebido que já não frequento o seu negócio e não lhe dou assim o meu dinheiro, sendo ainda primo de uma ex-funcionária que saiu a mal do local com o patronato, eis que o mesmo senhor passa por mim, olha-me de frente e consegue não me responder a um simples «boa tarde». Será esta atitude normal?

Não lhe fiz mal nenhum e a mim também não me fizeram nada, simplesmente optei por sair por falta de tempo e por os horários não conjugarem mas parece que por ter deixado e não pagar assim mais nenhuma mensalidade passei de bom cliente a um desconhecido invisível que passa na rua e que as pessoas em questão não conseguem ver nem ouvir. Isto é um comportamento normal para com as regras da boa educação?