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O Informador

O Pavilhão Púrpura

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Autor: José Rodrigues dos Santos

Data: Maio de 2016

Editora: Gradiva

Número de páginas: 704 páginas

Classificação: 4 em 5

 

Opinião: A trilogia lançada através do primeiro volume intitulado por As Flores de Lótus ganhou novo alento através de O Pavilhão Púrpura, a continuação da história que cruza continentes para relatar a vida de quatro pessoas, o português Artur, a chinesa Lian-Hua, o japonês Fukui e a russa Nadezhda! Se tinha gostado da primeira parte, da segunda então nem se fala!

Com um trabalho de casa bem feito, José Rodrigues dos Santos reconta factos históricos ao mesmo tempo que as suas personagens de ficção vão passando pelos problemas da primeira metade do século XX. Em As Flores de Lótus o lançamento destes quatro heróis da vida comum é feito e agarra o leitor ao mesmo tempo que nos vamos deixando levar pelo espírito de aprendizagem rigorosa do que foi acontecendo na época. Mas neste segundo volume desta fantástica trilogia a qualidade aumenta, ficando o leitor ainda com maiores perspectivas sobre o que está para surgir pelas páginas seguintes.

O que terá Artur em comum com Salazar para os seus destinos se voltarem a cruzar com grande ênfase? Será que o jovem militar é uma das chaves do responsável das Finanças do país para seguir em frente e conseguir atingir alguns dos patamares que foi alcançando ao longo do tempo em que esteve no poder? Neste segundo volume os feitos do português começam devagar mas ao longo do desenrolar do romance, Artur vai ganhando destaque devido a todas as mudanças que vão acontecendo no país. 

E Liah-Hua após o rapto conseguirá voltar a estar com a sua família e seguir em frente numa vida familiar pacata pela China ou tudo mudou ou irá mudar na vida desta jovem ocidental?

Fukui era em As Flores de Lótus a personagem que mais se destacou na minha leitura, no entanto o japonês foi perdendo força neste segundo romance e passou um pouco despercebido, embora tenha os seus pontos chave que irão ser desenvolvidos no final, assim o espero!

A grande surpresa deste romance são as grandes reviravoltas que a vida de Nadezhda vai dando em tão pouco espaço de tempo! A fugir de um país recheado de obrigações partidárias e ditadura, a família da jovem russa acaba por deixar tudo o que tinha e que vai sendo retirado para abraçar uma nova vida onde o passado pesa até que começam a encontrar estabilidade. Isto quando o inimigo de Nadezhda parece estar mais perto do que se julgava, fazendo um final surpreendente mas que de certo modo poderá ser previsto pelo leitor ao longo de uns capítulos anteriores ao final! Uma tragédia contada de forma crua pelo autor acaba por dar o mote para o que está para surgir na continuação desta trilogia, deixando o leitor em suspenso e bastante curioso com as voltas que tudo poderá dar daqui para a frente na vida de Nadezhda!

Atual leitura... O Pavilhão Púrpura

Ano após ano José Rodrigues dos Santos lança os seus romances que alcançam imediatamente o sucesso junto de leitores fiéis que logo pelas primeiras semanas adquirem a última novidade do autor. Com lançamentos a acontecerem geralmente em Outubro, desta vez e porque uma trilogia começou a ser lançada para brilhar no Natal passado pelas livrarias, há uns dias chegou a continuação de As Flores de Lótus e de imediato fiz com que O Pavilhão Púrpura me chegasse, isto sem ter lido na altura a primeira parte desta narrativa que me fascinou desde a primeira página. Comprar o segundo volume sem conhecer o primeiro... Mas o que é certo é que ao ter lido o livro que dá o arranque a esta história, fiquei rendido e de imediato decidi que queria logo seguir para o que já estava publicado também!

As Flores de Lótus

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Autor: José Rodrigues dos Santos

Data: Outubro de 2015

Editora: Gradiva

Número de páginas: 688 páginas

Classificação: 4 em 5

 

Opinião: As Flores de Lótus reconta a História numa história onde o Mundo em rebuliço no início do século XX entra em confronto e ninguém consegue ficar ausente das guerras internacionais e dos conflitos internos entre o poder e o povo ou até na luta de classes e ambições pessoais.

Neste romance, que dá o mote para uma triologia onde quatro personagens centrais são o trunfo, José Rodrigues dos Santos surpreende e coloca o leitor entre o passado político do país que pode ser comparado de certa forma ao que outros povos tiveram de enfrentar mais ou menos pela mesma altura. Europa e Ásia foram Continentes que viveram com o controlo, o medo e a perseguição sempre presente em determinada altura da História e isso é recontado através da união entre ficção e realidade com recurso a personagens históricas ao longo desta narrativa que não passa no final de contas de um retrato da sociedade de outrora com grandes perspetivas perante o presente, sendo por diversas vezes um romance histórico mas com crítica na atualidade que todos enfrentamos. 

Artur, Fukui, Lian-Hua e Nadezhda são os quatro jovens que nascem no início do século para iniciarem uma vida que poderia estar encaminhada, não tivessem eles que fazer opções, ver o futuro comprometido e ficarem sem a família que teoricamente os iria amparar nos primeiros anos de vida. Quatro vidas bem distintas, em locais distantes e a viverem problemas semelhantes entre si. O planeta roda e a sociedade age em conformidade e de forma semelhante ao que vai acontecendo na terra do lado. Existirão condições para um povo sair por cima quando todos querem o mesmo e triunfar entre os mais fracos que não se assumem também como tal, enfrentando e lutando pelas suas coisas e condições?! Uma verdadeira luta de estatutos onde a política tem sempre algo a dizer e a impor junto de trabalhadores que só querem o que é seu e para o qual dão tudo para conseguirem triunfar.

Num romance explicativo e com uma linguagem simples, José Rodrigues dos Santos volta ao lugar onde sempre deveria estar, na História. É recontando factos através da ficção que o autor mais conquista, sem ter de colocar personagens em busca de um mistério científico para se aproximar do leitor. É com obras como Anjo Branco, A Filha do Capitão e As Flores de Lótus que me deixo deliciar por uma boa narrativa onde vidas são contadas de forma leve e o passado da sociedade vai aparecendo de forma subtil, servindo ao mesmo tempo para lembrar vários momentos da nossa História. 

Atual leitura... As Flores de Lótus

Primeiramente deixem-me-vos dizer que estou de férias e que foi por isso que ainda não fiz o comentário final sobre Pai Nosso, de Clara Ferreira Alves. 

Agora sim falo da minha atual leitura... As Flores de Lótus, de José Rodrigues dos Santos, o livro que foi lançado em Outubro, que me foi oferecido pelo Natal e que só agora viu a luz do dia por estas paragens para que a sua leitura seja feita em poucos dias e não arrastar ao longo de dias ou mesmo semanas, é a escolha do momento. Encontro-me neste momento a meio da obra e até agora, talvez por Tomás Noronha ter ficado de fora desta vez, a narrativa parece-me no ponto. A política é uma questão central desta obra, a critica social mostra-se capaz de superar as diferentes décadas e a escrita não é maçadora. Espero seguir em frente com esta leitura com o entusiasmo que tenho tido até aqui para não desiludir, percorrendo ao mesmo tempo os vários continentes do nosso planeta através de guerras, conquistas, amores e sonhos.

O que acabou de chegar!

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Sabem o que acabou de chegar? O segundo volume de uma triologia de um dos meus autores portugueses favoritos! 

José Rodrigues dos Santos dispensa apresentações e quando escreve sem colocar no romance as aventuras do seu tão querido Tomás Noronha só tem a ganhar! No Natal ofereceram-se As Flores de Lótus e agora, como também tinha um Cartão Oferta para descontar, encomendei o novo calhamaço, O Pavilhão de Púrpura, que acabou de ser lançado. Os mais atentos à minha vida literária sabem que ainda não li o primeiro volume, mas o segundo já cá mora e como as primeiras férias do ano estão a aproximar-se parece-me que teremos leitura contínua por uns dias!

O que ler agora... Janeiro

A meio de 2015 recorri aos serviços bem prestados dos leitores do blog para seleccionar a minha próxima leitura dentro dos livros que tenho em fila de espera aqui por casa! Agora gostaria de repetir a proeza e avanço aqui com um novo «O que ler agora...», de Janeiro para deixar nas vossas mãos a obra que irei ter como companhia daqui a uns dias! É só escolher!