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O Informador

A peça Uma Noite em Casa de Amália deixou Lisboa e eu tive o prazer de estar na última exibição deste bom espetáculo. No entanto, depois de ter visto a mesma por três vezes com Vanessa a interpretar Amália, agora foi a vez de ver a grande fadista ser interpretada por Anabela. A comparação tem que acontecer, para mal da segunda!

É um facto que a Anabela já foi a menina bonita dos musicais de Filipe La Féria, mas agora também é verdade que este regresso, para mim, não foi na melhor altura e com o espetáculo merecido. Anabela voltou praticamente como substituta de Vanessa, para poder ir pelo país e mesmo ao Brasil mostrar Uma Noite em Casa de Amália, já que a primeira não irá sair da capital por ter outros compromissos profissionais. Só que Anabela não está para a Amália como a Vanessa!

Vanessa entregou-se logo de início a esta personagem que tinha que interpretar e graças a ter uma excelente voz mais rockenha e com boa dicção para o fado, adaptou-se lindamente ao papel de Amália, mostrando que sabe cantar o fado e que consegue subir a notas altas sem qualquer dificuldade. Os temas são bem interpretados, bem puxados e o público fica agarrado. Anabela não consegue, de todo, cantar um bom fado. Este regresso com o fado como protagonista não devia ter acontecido com a artista que mostra assim ser fraca.

É certo que o seu papel estava mais dificultado porque foi assumir uma personagem que já vinha a ser interpretada por outra pessoa, mas Anabela é tão fraca a cantar a música tão portuguesa. Não consegue prolongar as notas, não canta com alma. Tudo parece ser cantado sem qualquer emoção.

Nas partes não cantadas, aí não se nota tanto o desequilíbrio entre as duas escolhas de La Féria, no canto é que está todo o mal.

Anabela voltou e, para mim, perdeu a batalha contra Vanessa no papel de Amália em Uma Noite em Casa de Amália. Aguardam-se os próximos musicais para ver qual será a escolha do produtor, mas parece-me que a Vanessa estará com mais sorte.

Como comuniquei, no serão de Sábado fui ver, pela terceira vez o musical Uma Noite em Casa de Amália. Após a primeira vez com um grande espetáculo, a segunda com a Vanessa Silva engripada... A terceira foi a pior das três!

Com o passar do tempo e com o número de exibições a aumentar, este atual musical de Filipe La Féria conquista quem o vê pela primeira vez, mas quem repete a visita ao Politeama percebe que tudo já está decorado e robotizado para ser assim e despachar. Já não vi a magia da primeira vez que vi o espetáculo, não senti a emoção dos atores em estarem ali para conquistar o público. Parece que estão a fazer tudo porque tem de ser feito, alguns talvez até a pensarem que querem despachar-se para se irem embora.

O tema Amália é uma aposta certeira de La Féria, que, segundo reza a lenda, é bem rígido com quem trabalha consigo, mas não me parece que ande a ser desta vez, pelo menos, em termos de grandiosidade no que é feito e dito em palco, comparando com a primeira vez que vi, esta terceira deixou muito a desejar. Talvez esteja na altura de pensar num novo espetáculo para aquela sala e terminar com este, ou pelo menos, reduzir os seus dias de exibição.

Uma Noite em Casa de Amália já deve estar a dar as últimas cartadas e se não estiver, devia estar. Os atores já mostram essa vontade pela forma como representam.

Hoje irei ver pela terceira vez o musical Uma Noite em Casa de Amália. O que é bom é para se ver e lá irei ver de novo este espetáculo, de que já falei aquando da minha visita. Relembro agora a minha opinião acerca da primeira vez que estive frente-a-frente com Uma Noite em Casa de Amália, sem tirar nem pôr!

«Amália Rodrigues, o grande nome do fado, volta a ter um musical em sua honra e para delícia dos seus inúmeros fãs e seguidores.

No Teatro Politeama, Filipe La Féria volta a apostar na rainha do fado e depois do grande sucesso de há anos do musical Amália, agora tudo acontece em Uma Noite em Casa de Amália.

Tendo como centro o registo discográfico de uma noite em que Amália Rodrigues recebe em sua casa de São Bento vários amigos, podemos ver neste espetáculo várias figuras nacionais e internacionais que marcaram o nosso país de uma forma ou de outra. Vinicius de Moraes, Ary dos Santos, Valentim de Carvalho, Hugo Ribeiro, Maluda, Alain Oulman, David Mourão Ferreira, Natália Correia e Casimira, a empregada de Amália, que também não faltou à grande noite em sua casa, claro.

Com um elenco composto por Vanessa Silva (Amália), Marcos de Góis (Vinicius de Moraes), Nuno Guerreiro (David Mourão Ferreira), Cláudia Soares (Maluda), Ricardo Castro (Ary dos Santos), Paula Fonseca (Natália Correia), Hugo Rendas (Alain Oulman), Rui Andrade (militar), Pedro Martinho (Hugo Ribeiro - técnico de som da Valentim de Carvalho) e Rosa Areia (Casimira), este é um espetáculo que vale a pena ir ver porque além de contar o que se passou numa noite que se pode dizer histórica para a música portuguesa, ainda consegue mostrar o quanto a nossa sociedade se torna diferente dentro de quatro paredes, onde só os íntimos sabem o que se passa.

Vanessa Silva tem em Amália a sua segunda protagonista em musicais do produtor, depois de ter dado vida, já este ano, a Judy Garland, também no Teatro Politeama. A cantora, e cada vez mais atriz, volta a provar que o palco é o local onde se sente melhor, estando com todas as características de Amália Rodrigues bem vincadas nos seus gestos e expressões. O restante elenco, embora sem grandes nomes televisivos, são atores com experiência neste tipo de espetáculos e no fado final do que é apresentado em palco pode-se dizer que Ricardo Castro brilha também alto como Ary dos Santos, estando com uma perfeição exímia do poeta. O elenco apresenta-se bem composto e bem caracterizado, mostrando cada ator o que cada nome da nossa praça de há anos atrás era, pensava, queria e dizia.

Portugueses que lutavam pelos seus ideias e mostrando as vidas destes poetas, pintores e cantores portugueses com a cultura brasileira de Vinicius de Moraes, nesta noite memorável onde se trocam opiniões, poemas, canções e grandes momentos de humor e confraternização onde a união para se mudar a sociedade acontece.

Em Uma Noite em Casa de Amália, alguns dos melhores temas da fadista são recordados, num texto da autoria de Filipe La Féria. Depois de ver este espetáculo poderá sair com a sensação de que o poderá querer voltar a ver daqui a uns tempos e da forma como está composto, é bem capaz de ficar bons e vários meses em cena, porque La Féria sabe bem porque escolheu o fenómeno Amália Rodrigues para o seu novo musical.»

Esta foi a minha opinião logo nas primeiras semanas em que o espetáculo teve em cena, depois já o voltei a ver num dia em que a Vanessa estava meio engripada e isso notava-se bem no palco. Agora lá irei eu voltar a sentar-me nas cadeiras apertadas do Politeama para ver o espetáculo e depois conto-vos como vi, pela terceira vez, este sucesso de Filipe La Féria.

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