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O Informador

Nunca Te Esqueças das Flores | Genki Kawamura

Editorial Presença

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Título: Nunca Te Esquelas das Flores

Título Original: Hyakka

Autor: Genki Kawamura

Editora: Editorial Presença

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Abril de 2023

Páginas: 216

ISBN: 978-972-23-7096-7

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Quando uma mãe e um filho fecham um ciclo e nasce uma nova geração, o passado ganha vida e traz consigo os delicados fios das memórias perdidas.

Izumi vai ser pai e está tremendamente feliz. Há, porém, uma pequena nuvem que paira sobre esse sentimento: conseguirá ser um bom pai? E o que será isso - ser bom pai? Izumi cresceu só com a mãe, Yuriko, e a relação que têm, até hoje, é tão profunda, tão próxima, que é difícil encontrar palavras para a descrever. E é a mãe que o preocupa ainda mais, e faz a pequena nuvem multiplicar-se e tingir de cinzento o céu.

Na mesma altura em que descobre que vai ser pai, Yuriko manifesta os primeiros sintomas de Alzheimer e Izumi pensa que, de certa forma, vai deixar de ser filho. À medida que a doença avança, chega o dia em que a mãe não o reconhece, e Izumi sente que se reabre uma velha ferida: como esquecer o que aconteceu quando era ainda criança? Porque saiu a mãe de casa? Que ausência prolongada foi aquela e que memórias perdidas há por contar?

Numa história que junta a leveza e a melancolia japonesas na medida certa, o autor de E Se os Gatos Desaparecessem do Mundo regressa com um romance que sublima a aparente simplicidade dos momentos mais íntimos da vida.

 

Opinião: A memória é o tema central de Nunca Te Esqueças das Flores, um romance onde o leitor é convidado a conhecer Yuriko no momento em que sabe que está a meses de ser pai, tudo ao mesmo tempo que a sua mãe, Izumi, começa a sentir os primeiros sinais de alzheimer. A partir deste ponto, entre a espera de uma nova vida e a perda aos poucos da presença da sua mãe, a vida de Yuriko começa a ser um desfiar de memórias, numa tentativa bem presente de perceber o que ficou para trás e o que acabou por definir a vida de ambos ao longo do tempo, que segredos escondeu Izumi do seu filho para o proteger de males maiores e que caminho seguir quando a memória começa a ser afetada e a definir a identidade de qualquer pessoa e de quem a rodeia. Yuriko aos poucos transforma-se no pai da sua mãe, ao mesmo tempo que coloca em causa a capacidade de ser um bom pai do seu próprio filho quando cresceu sem a presença do seu progenitor.

Afinal, o café faz bem!

Uns estudos recomendam o não consumo de cafeína, só que os cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, afirmaram que o café é um dos segredos da longevidade e da saúde. 

Segundo a conclusão do estudo publicado na revista Nature Medicine, as pessoas que ingerem cafeína apresentam menos níveis de inflamação no corpo, o que representa em parte as primeiras causas de doenças como a hipertensão, diabetes, Alzheimer e cancro. «A maior parte das doenças que surgem com o envelhecimento não são provocadas pelo envelhecimento mas por processos de inflamação», explicou David Furman, professor no Instituto para a Imunidade, Transplantação e Infeção da Universidade de Stanford, o responsável pelo estudo onde foram analisadas amostras de sangue de cem pessoas jovens e idosas e onde, como era esperado, os mais velhos tinham maior atividade nos genes relacionados com a inflamação. Só que no grupo de idosos os que apresentaram níveis mais baixos de inflamação tinham em comum o hábito de beberem café diariamente. Ou seja, quanto mais café se beber ao longo da vida com maior proteção se fica.

O Meu Nome é Alice

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Talvez um dos melhores livros que li nos últimos anos! O Meu Nome é Alice relata a história de Alice, a professora universitária que se vê com Alzheimer numa fase bem precoce. A partir do momento em que os primeiros sintomas são detetados tudo se começa a complicar na vida desta Alice que pode estar no seio de qualquer família!

Alzheimer, aquela doença que tal como outras ainda não tem cura, existindo somente um possível retardar da situação dos seus doentes. Como encarar a doença? Como enfrentar os familiares e amigos? Como auxiliar o doente e os mais próximos? Como perceber que o mundo mudou e irá voltar a mudar a cada instante na vida de uma pessoa que era livre e que acaba por se ver confrontada com uma prisão cerebral?

As memórias de uma vida vão ficando para trás quando tudo começa a ser alterado pela doença que acaba por contaminar pensamentos, gestos e atitudes de um ser admirável como Alice. Sem estar mas podendo marcar presença no mundo das maravilhas, esta personagem é cativante antes e após o relatório clinico, não perdendo o brilho e simplicidade que antes a caracterizam logo com a sua apresentação ao leitor. 

As aulas que tem de deixar antes do previsto, as viagens e palestras abandonadas pela falta de raciocinio lógico e o orgulho têm de ser abandonados ao longo do tempo que vai passando e onde a demência não volta atrás. Recorrendo a mensagens escritas e a uma agenda eletrónica na fase inicial, tudo se vai transformado e o esquecimento sobre as suas próprias coisas começa a ser notório para todos e com a própria. 

Lisa Genova está de parabéns com este livro onde a doença é retratada tal como é, sem malabarismos e disfarces, relatando o dia a dia de quem sobre de Alzheimer, a doença que mata antes do último suspiro, anunciando que o final está para chegar lentamente e com tudo a descambar durante algum tempo sem nada que possa ser feito. 

Mas Nunca te Esqueças de Sorrir, o vencedor

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Um exemplar do livro Mas Nunca te Esqueças de Sorrir, da autoria de Fernando Aguzzoli, esteve em passatempo pelo blogue ao longo dos últimos dias. Agora e porque o prazo de participações terminou, é chegada a hora de revelar o nome da vencedora desta obra lançada em Portugal pela editora Guerra e Paz.