Alcoolismo tocante
Há uns dias cheguei a casa e a televisão da cozinha encontrava-se a passar o A Tarde é Sua, de Fátima Lopes, onde um caso de alcoolismo começava a ser relatado por mãe e irmã do envolvido. Este tema poderia não mexer comigo como tantos outros porque não tenho casos próximos que me façam recordar e envolver neste problema, mas não é que mesmo sem ouvir metade do que estava a ser contado acabei por começar a chorar, concentrar-me no caso e ficar meio bloqueado?
A história de um homem que vive à anos sob o efeito do álcool, que já fez vários tratamentos para se tentar ver livre do que o está a deitar abaixo, que saiu de casa para não ouvir a família com os pedidos para que deixe o consumo, optando por viver sem condições numa caravana parada à beira da estrada e que consegue dar a cara para pedir ajuda a pensar em si e no bem-estar de quem o rodeia é de louvar. Foi a família que primeiramente contou a história daquele homem e a sua própria vivência com o caso, mas a pessoa em questão deu a cara, mostrou querer sair do flagelo onde se deixou envolver e parece ter vontade, embora tivesse aparecido num estado ausente, próprio de um alcoólico descontrolado, no programa.