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Uma nova série de Ryan Murphy e Ian Brennan estreou na plataforma Netflix e o chamamento logo surgiu, dando por mim a achar por diversas vezes que estava a assistir a um bom filme, uma vez que Hollywood é daquelas séries tão bem conduzidas pelo texto, com o cuidado da fotografia e com um elenco tão composto que podia ser transformada numa grande película porque a qualidade cinematográfica está presente ao longo dos sete episódios desta primeira temporada que conquistou. 

Recordando grandes nomes da indústria de Hollywood através dos diálogos, esta série prima pela audácia de tocar em pontos fortes abafados ao longo de anos. Numa época recheada de preconceitos e discriminações, muitos queriam alcançar o estrelado no célebre passeio da fama, mesmo que para isso tenham caído em redes de promiscuidade, abusos e podridão para seguir sonhos e estatutos que nem sempre foram levados a sério. Mostrando que o complicado de atingir é o mais apetecível, nesta série o destaque nos grandes filmes da época era a grande conquista, mesmo que muitos tivessem de chafurdar em mundos obscuros de chantagem e submissão que aconteciam com o conhecimento de muitos mas que todos davam como procedimentos desconhecidos em busca da fama e do sucesso.

Na série Hollywood são apresentados jovens aspirantes a ator a procurar o seu lugar, aproximando-se de nomes firmados do grande cinema para conseguirem respirar em audições num universo competitivo e só os que davam muito nos bastidores conseguiam conquistar o seu pequeno lugar. Nesta série os esqueletos guardados no armário de grandes homens influentes ganham destaque, mostrando o aproveitamento pelos jovens aspirantes que se submetiam a festas de prazer sexual para conseguirem chegar a algum lado. Muito se tem falado nos últimos anos desta problemática dentro do poder dos homens influentes do cinema para com as jovens atrizes, no entanto a homossexualidade sempre existiu e muitos dos que conseguiram os seus triunfos também caminharam por quartos, escritórios e hotéis para antes dos contratos assinados iniciarem os seus favores a quem lhes deu trabalho posteriormente. 

Abuso, assédio, machismo e preconceito são pontos em destaque nesta produção que além da prostituição, poder de influência e racismo mostra as reviravoltas que os pequenos conseguem fazer acontecer quando percebem que ultrapassaram os patamares a que foram sujeitos e passam de rejeitados e aliciados a heróis que não precisam de se sujeitar a influências para conseguirem os seus trunfos. Claro que ao longo de cada episódio as audições, teste de imagem, ensaios, reuniões de produção e gravações vão sendo mostrados, num misto entre a realidade idealizada e a de submissão. 

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A aguardada terceira parte da série La Casa de Papel ficou disponível e bastaram 48 horas para ver os oito novos episódios. Podia ter visto de forma mais rápida, mas existe vida para além de todo o universo Netflix, felizmente!

Após o grande sucesso das duas primeiras partes da série espanhola, o grupo está de volta com novos membros e um objetivo comum, resgatar Rio de um erro cometido a par com Tóquio. Com a continuação da história e pegando no que foi feito para baralhar e dar de novo, tenho a confessar que tive algum receio desta continuação após o que correu tão bem. No entanto e mesmo não conseguindo suplantar a surpresa das duas primeiras temporadas, esta terceira parte chega com a mesma intensidade para agarrar o público devido às transformações e aos novos esquemas formados para assaltar desta vez a Reserva Nacional do Banco de Espanha. Com os assaltantes a verem do seu lado o povo que continua em luta contra as opções do estado e a polícia do outro lado da barricada, as novas personagens entram na trama para ajudarem a desenvolver e moldar a mesma história, num local semelhante e onde os acontecimentos parecem ter os mesmos condimentos. A entrada no edifício com o objetivo de negociar a recuperação de Rio para a liberdade, a procura de ouro, os acidentes e imprevistos de percurso, os planeamentos bem conseguidos e que resultam, os ataques por parte dos opositores para baterem o grupo de frente em vão. Tudo parece mais do mesmo mas servido de forma diferente, tocando ao mesmo tempo em temas como a amizade, homossexualidade, família e obesidade, por exemplo, e com estratégias que acabam por revelar o trabalho da equipa criativa para continuar a partilhar o sucesso com o público que aplaudiu os primeiros episódios desta série.

Entre membros do grupo com novas funções, inspetores com particularidades únicas, personagens que estiveram no passado mas que não apareceram nas anteriores temporadas e que revelam um pouco sobre a personalidade e o que foi feito por outros até aqui, a terceira parte de A Casa de Papel conta ainda com a presença de personagens já desaparecidas, como é o caso do grande destaque dado a Berlim que surge através dos sucessivos flashbacks que vão sendo feitos para permitirem todas as explicações. 

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