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O Informador

Hábito a manter

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O surgimento da pandemia trouxe consigo um certo distanciamento social, deixando de ser possível de forma praticamente obrigatória os cumprimentos com contacto físico e que bom que tal aconteceu. 

Confesso que por vezes sinto falta daquele abraço ou beijo de certas pessoas. No entanto, porque as verdades também merecem ter destaque, na maioria dos casos fico aliviado e espero que mesmo após todos estes confinamentos e afastamentos terminarem que o nível de contacto físico no momento das chegadas e partidas se mantenha como atualmente, assim muito tímido e sem criar necessidades de maior.

Senti-me impotente

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Odeio sentir que estou a ser um pouco inútil e incapacitado de ação quando percebo que alguém precisa do meu apoio para sair de um buraco onde a sua mente parece ter tendência para espreitar. O que dizer, o que fazer e como contornar a situação de forma a ajudar?

Hoje entendi que sou ouvinte de quem não está bem e quando tive perceção dos factos senti que não estava pronto naquele momento para reagir de forma a tentar dar a volta e criar reações do outro lado. Sou ouvinte e conselheiro mas quando tive real noção dos factos pareço ter ficado paralisado porque a ficha caiu e entendi que precisava de agir de outra forma.

Abraços

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Não sou de Abraços! Definitivamente sou um pouco adverso ao contacto físico no que toca a cumprimentos, fazendo-o de forma normal mas não em excesso. Agora, em tempos de pandemia, posso dizer que até dos Abraços sinto falta, querendo realmente poder abraçar quem também nunca abracei e usar este símbolo de afeto com maior regularidade pela verdade.

Existem coisas que podemos admitir e neste momento um Abraço faz-me falta, talvez todos os Abraços de quem me queira abraçar quando tudo voltar ao antigo normal, o que terá de esperar uns tempos longos ainda. Vou esperar, com cuidados especiais, porque os Abraços voltarão a fazer parte do quotidiano de todos nós, acredita!

Preciso de Abraços!

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Não sou uma pessoa de abraços e mimos espontâneos e hoje afirmo de forma rápida...

Preciso de Abraços!

Sim, necessito urgentemente de receber abraços, daqueles bem apertados e que geralmente me deixam até meio desconfortável. Quando tudo isto terminar quero abraçar todos os que me estão a fazer falta nestas longas semanas de quarentena, sem contacto, sem conversas reais e onde a proximidade me tem feito tanta falta.

Preciso de Abraços, de todos, dos que me são próximos e de quem aparecer pelo bem, o importante será perceber e sentir que todos enfrentamos o mesmo desafio e que saímos ilesos desta situação conturbada que nos fez perceber que nada nem ninguém está seguro quando um poder superior impera e coloca toda a civilização a refletir e a caminhar num sentido onde necessidades e valores seguem rumos semelhantes.

Ganha Livros | Autobiografia, de José Luís Peixoto

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Na Lisboa de finais dos anos noventa, um jovem escritor em crise vê o seu caminho cruzar-se com o de um grande escritor. Dessa relação, nasce uma história que mescla realidade e ficção, um jogo de espelhos que coloca em evidência alguns dos desafios maiores da literatura. 

A ousadia de transformar José Saramago em personagem e de chamar Autobiografia a um romance é apenas o começo de uma surpreendente proposta narrativa que, a partir de certo ponto, não se imagina como poderá terminar. José Luís Peixoto explora novos temas e cenários e, ao mesmo tempo, aprofunda obsessões, numa obra marcante, uma referência futura.

O novo livro de José Luís Peixoto, Autobiografia, foi lançado no início deste Verão e trás consigo um romance baseado entre realidade e ficção pelos anos noventa da nossa capital onde José Saramago marca presença nesta obra que já promete marcar a literatura nacional pelos próximos tempos. 

Autor de referência com várias obras que ficaram semanas pelo top de vendas nacionais, como é o caso de O Caminho Imperfeito, Em Teu Ventre, Abraço, Galveias e outros mais, José Luís Peixoto lança assim a meio de 2019 o seu Autobiografia. Aqui pelo blog e porque os bons livros são para partilhar, eis que tenho um exemplar desta mais recente obra do autor para vos oferecer. 

É em parceria com a Bertrand Livreiros (Facebook) / Bertrand Livreiros (Instagram) que tenho a oportunidade de vos poder oferecer um exemplar de Autobiografia. Esta oportunidade para ganharem um exemplar deste livro irá estar disponível até às 19h00 de dia 01 de Agosto, Quinta-feira, e nesse mesmo dia será revelado o nome do vencedor nesta mesma publicação, sendo o sorteio feito através do sistema automático random.org. O premiado será contactado via email com a notícia sobre o prémio. Para a participação ser válida tens de seguir os passos que se seguem...

«Obrigado!» pelo «Bom dia!»

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Custa a muitos os primeiros momentos do dia, mas custa também passar pelas pessoas irritadiças da manhã, aquelas que não conseguem cumprimentar com quem se cruzam, murmurando de quando em vez algo entre dentes só porque sim e sempre com medo que do outro lado possam colocar conversa.

Talvez não seja a melhor pessoa para falar de bom humor matinal porque não existe em mim boa disposição pela primeira hora do dia, para mais quando o trabalho espera, mas pelo menos consigo não mostrar aos outros o que me vai na alma. Interiormente posso estar todo queimado e cheio de nós no pensamento, a desejar que não falem muito porque existem dias que nem raciocinar tento nos primeiros momentos, mas pelo menos disfarço e raramente sou detetado. 

Chego ao trabalho cinco minutos após sair de casa e quando deixo o carro o rosto muda obrigatoriamente de expressão porque não sou de demonstrar aos outros o meu mau humor. Como consigo disfarçar exijo um pouco mais dos comportamentos de com quem me cruzo para irem de encontro ao que defendo. Será que o mundo que nos rodeia é assim tão mau para não se transmitirem os «bons dias» aos colegas? Poderia pensar que o mal podia estar na pessoa a que o mal humorado tem de cumprimentar, mas quando o mesmo comportamento matinal de um ser acaba por ser colocado em prática perante toda uma equipa a perceção acaba por ser exatamente universal, mostrando que o mal está no mal humorado da manhã e não nos outros.