Primeiramente este filme não me dizia nada! Umas semanas depois, A Rapariga Dinamarquesa fez com que me sentasse na sala de cinema e passasse talvez metade do tempo em que a história se ia desenrolando a chorar!
Baseado na história da autoria de David Ebershoff e inspirado na realidade de Einar Wegener/Lili Elbe e Gerda Wegener, este drama foi como o lançamento da possibilidade que hoje em dia várias pessoas têm em poderem encontrar-se num corpo com que não nasceram mas onde se sentem bem. O casal Einar e Gerda luta contra o que não querem primeiramente perceber mas que acabam por aceitar para si e posteriormente perante os outros. O sofrimento pessoal, a ligação com a sociedade e acima de tudo a união de um casal que se ama e que enfrenta o que é notório à vista de ambos. Gostei da história recriada, embora defenda que é contada de forma um pouco maçadora, podendo ser mais viva e rápida, relatando outras nuances da verdadeira realidade que foi a vida de Einar/Lili.
No campo dos atores, embora reconheça que Eddie Redmayne tem uma excelente performance com a sua quase dupla personagem, optaria por um outro nome, talvez mesmo uma mulher para desempenhar este papel que consegue mexer com o público.