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O Informador

José Rodrigues dos Santos lança livro em França e esquece Portugal

Um título enorme mas foi o que me ocorreu de momento! Então o senhor José Rodrigues dos Santos, jornalista e pivô da RTP e autor de grandes obras literárias de sucesso em Portugal e pelo mundo, lançou um novo livro e optou por o publicar primeiramente em França, deixando o seu país para trás?

La Clé de Salomon (A Chave de Salomão) é o nome da obra que o romancista acabou de editar por terras francesas e que já começou a dar que falar pelo país. A questão incompreendida é qual a razão que levou o jornalista a optar desta vez por deixar o seu país, que sempre tem recebido os seus livros com agrado e colocado os mesmos entre os mais vendidos, para trás? Sei que gosta de lançar por cá as suas mais recentes obras em Outubro a pensar na época natalícia, mas isto não é de mau tom para com os seus leitores assíduos, como é o meu caso? José Rodrigues dos Santos tem feito sucesso internacional, mas foi Portugal que sempre o apoio e não vejo razões, a não ser financeiras, para este lançamento ter acontecido primeiro por lá e depois por cá!

Fiquei desiludido por perceber que isto aconteceu, mas infelizmente os negócios são assim, mesmo tendo que deixar as suas origens para trás! Sim portugueses, o senhor Santos prefere os euros franceses... Estou literalmente indignado!

La Clé de Salomon

Assim, quando uma equipa de pesquisadores do CERN está prestes a observar com sucesso o Higgs Bosson, mais conhecido como a partícula de Deus, o corpo de Frank Bellamy, chefe da CIA, é encontrado nas instalações do famoso laboratório em Genebra. Nas mãos da vítima, os investigadores encontram uma misteriosa mensagem: «A chave Tomás Noronha.»
Designado culpado, o criptologista torna-se por algumas horas o principal alvo da CIA, estando ao mesmo tempo determinado a vingar Bellamy. Para provar a sua inocência, Tomás tem apenas uma solução: para resolver o crime coloca em risco a sua vida. Assim começa uma investigação que irá tirar o fôlego com novas descobertas científicas do herói. 
«A alma existe? Será que à vida depois da a morte?»
Nesta sequela para A Fórmula de Deus, José Rodrigues dos Santos provou mais uma vez que é um dos grandes mestres do suspense. A Chave de Salomão é um romance que, além da ação, usa a ciência para entender as ligações incríveis que permanecem entre a mente, a matéria e o grande enigma da existência.

Continuo a ler A Mão do Diabo

Pouco mais de uma semana depois, ainda continuo a ler A Mão do Diabo, da autoria de José Rodrigues dos Santos. A pouco mais de cem páginas do final, quero voltar a falar deste livro, por dois motivos. Primeiro, porque conseguiu-me dar a volta e conquistar. Segundo, mostra que o autor não pensou na internacionalização da obra.

Depois de umas primeiras páginas em que parecia que A Mão do Diabo não me ia conquistar, voltei com a palavra atrás, mas não pela forma como o livro está escrito, mas sim pelo que me tem ensinado acerca do estado do nosso país, da Europa e do Mundo. A crise, a crise e a crise é o grande destaque destas novas aventuras de Tomás Noronha, que fala das PPP, da moeda única, dos orçamentos de estado, e essencialmente do que foi feito de errado e do que se pode ou não fazer nos próximos tempos para melhorar a situação de todos nós.

Vejo que o jornalista quis mesmo mostrar e alertar os portugueses para a situação em que vivemos, narrando em certa parte o que pensa sobre toda esta situação. Como jornalista não o pode fazer, mas na pele das personagens pode bem deixar passar a sua opinião.

Deixo também aqui a minha ideia de que José Rodrigues dos Santos não pensou na internacionalização desta obra como tem acontecido com as outras, como é o caso de A Fórmula de Deus, O Sétimo Selo e O Último Segredo. Estes três livros, além de serem sucessos em Portugal, foram lançados em outros países, tendo conquistado também o público internacional. Desta vez parece que o autor e a sua editora, a Gradiva, não pensaram além fronteiras e dedicaram-se em fazerem algo mesmo para o nosso pequeno país cheio de crise, mas com o Natal à porta.

A Mão do Diabo não tem a história base das obras dos outros anos, mas tem sido bem agradável de ser lido, essencialmente porque me tem ajudado a perceber alguns pormenores económicos e políticos de que não tinha a ideia bem formulada e a que não dava importância. Quando terminar de ler venho aqui falar mais um pouco deste novo best seller nacional que me foi oferecido pelos meus 26 anos.