A Chave de Salomão
Autor: José Rodrigues dos Santos
Data: Outubro de 2014
Editora: Gradiva
Número de páginas: 624 páginas
Classificação: 2 em 5
Opinião:
Aprecio a escrita de José Rodrigues dos Santos, porém em A Chave de Salomão tudo vai decorrendo de forma empolgante mas com vários pontos bem negativos a decorrerem ao longo de todo o enredo criado pelo autor. Primeiro, já não existe paciência para as correrias de Tomás Noronha que parece viver em vinte e quatro horas o que só é possível em uma semana. Segundo, a junção entre ficção e história amorosa do protagonista com os dados científicos não conjuga em nada desta vez. Quando os dados físicos foram sendo explicados ao longo de vários capítulos, a maioria aliás, senti-me com vontade de seguir em frente e deixar as lições para trás das costas porque não me interessaram em nada. Certo que aprendi um pouco, mas esta não é de todo a minha praia no campo do interesse pelo desconhecido aos olhos de todos.
Avanços e recuos em busca de uma descoberta que no final acaba por ser revelada de forma rápida, dando uma desculpa para tudo terminar com o casal amoroso junto como seria mais que previsível. Alguma novidade? Nada de nada! Este livro é teoricamente mais do mesmo dentro do estilo adoptado por José Rodrigues dos Santos para as histórias criadas para o seu protagonista preferido, aquele que não descola da cepa torta e que é chamado para todos os mistérios que existem para resolver dentro e fora de Portugal.
Espero sinceramente que tão cedo o autor não volte a pensar numa trama deste estilo e se o fizer que remodele a vida de um homem sempre pronto para os outros e que parece não existir fora do meio da investigação. Não existem compromissos, não existes reuniões que não podem ser desmarcadas, não existem afazerem, tudo porque um telefone toca a apelar para que o Tomás comece a correr que nem um louco por corredores sem fim e salas sem aquecimento em busca de um mistério bem escondido nos confins do mundo.
O pior livro de José Rodrigues dos Santos!