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O Informador

A ler O Teu Rosto Será o Último

Domingo foi dia de começar a ler o primeiro livro de João Ricardo Pedro, O Teu Rosto Será o Último. Pouco ainda consigo dizer acerca do Prémio Leya 2011, mas olhem que este é um livro bem diferente do que tenho lido dos autores nacionais nos últimos tempos.

Neste livro começa tudo por parecer confuso, parecendo que não existe ligação entre os capítulos iniciais, mas aos poucos tudo ganha forma, todas as explicações e divagações se tornam sérias no desenrolar da história. As primeiras páginas parecem mesmo ser um conjunto de contos, com várias personagens distintas entre si, mas que têm um futuro paralelo, uma história comum.

Em O Teu Rosto Será o Último tudo começa após o 25 de Abril, mas num mundo diferente do que geralmente é contado. Somos transportados para a ruralidade e não se percebem as cenas urbanas como habitualmente quando se conta algo sobre a época.

Ao mesmo tempo que a história principal se desenrola, são contados vários factos que fizeram a época da revolução do nosso país, o que foi vivido,  o que se sentia... Nas poucas páginas que li até agora, fiquei rendido às várias personagens, ao amor entre avô e neto que trocam histórias, contando-as entre si e partilhando assim vivências de duas gerações distintas, mas que se amam.

No final desta semana devo ter O Teu Rosto Será o Último lido e assim que isso acontecer contarei melhor esta experiência que, ao que tudo indica, é a primeira que terei com João Ricardo Pedro. Percebo, pelo que já li, a razão deste prémio ter sido atribuído a este engenheiro eletroténico e não a outra pessoa. Para já, aconselho, sem dúvida nenhuma!