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O Informador

Sempre a Comer

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Certezas, certezas não tenho, mas quase que aposto que a maioria dos leitores que estão a ler estas palavras se vão identificar com a minha partilha enquanto esfomeado nos períodos em que passo mais horas seguidas em casa. 

Se andar a trabalhar e ocupado mentalmente durante várias das horas em que me encontro acordado as refeições são feitas de duas em duas horas, visto tentar manter sempre períodos mais ou menos exatos para comer alguma coisa, do pequeno-almoço ao segundo pequeno-almoço, o almoço, o lanche, o segundo lanche, passando pelo jantar e pela dita ceia, onde petisco sempre alguma coisa antes de me deitar com a finalidade de adormecer. Isto acontece em dias teoricamente normais, no entanto se estiver em casa mais tempo que o normal é o descalabro total. 

Imaginemos uma tarde inteira sem sair. Almoço, passada talvez uma hora vou ver o que posso tirar da despensa para matar o bicho. Passado mais um pouco abro o frigorífico e tiro uma fatia de fiambre. Um pouco depois lá resolvo lanchar, fazendo umas torradas e chá ou iogurte, mas como se não bastasse, eis que regresso em menos de nada para comer umas bolachas ou mesmo uma taça de flocos.

Sério, eu acredito que não serei caso isolado, mas uma pessoa que esteja mais parada em casa tem assim tanta necessidade de andar sempre com o pensamento em trincar alimentos que nos façam bem mas também gulosices que só servem mesmo para tirar a ideia que vai surgindo enquanto estamos a ver uma série, a ler ou escrever?

Sou um devorador alimentar terrível nos dias livres que passo numa pausa caseira e com esta brincadeira só vos digo que estando de férias ou numa paragem com um maior número de dias seguidos as calças parecem encolher na cintura. Poderia sempre dizer que com as lavagens a roupa vai encolhendo mas na verdade sei que o organismo em concordância com o pensamento inconsciente sobre andar a ser um rato da despesa são os grandes culpados para o ingerir de um maior número de alimentos fora dos horários indicados, alimentos esses que na maioria das vezes não são os mais apropriados. 

Digam de vossa justiça, vá lá! Sei que não estou sozinho perante o «Sempre a Comer» que me ataca em dias mais caseiros.