Sem Ordenado [3ª Parte]
Eis que o dia das promessas para o pagamento do ordenado passou e para além de estarmos em espera desde o início do mês e de só termos visto parte, nem metade na véspera do dia prometido para a totalidade, ontem recebi mais um pouco do que é meu, um pouco mesmo.
O resto? Bem, esse é apontado chegar lá para a próxima Segunda-feira! Será que acredito? Não! Não mesmo! Para mais quando ao longo de dez anos as promessas feitas têm caído várias vezes em sacos bem rotos e com um fundo que mais parece uma memória esquecida!
Estamos informados acerca das leis através do ACT, mas só podemos agir a partir do dia 15 quando não existe qualquer pagamento feito até ao último dia do mês, o que neste caso já não pode acontecer, tendo agora de esperar outras duas semanas para saber o que poderá ser feito através da rescisão de contrato com direitos, já que a falta de pagamento do ordenado foi em parte colmatada mas nem metade ainda está nas nossas mãos. Se quase a meio do mês ainda nos falta sessenta por cento do salário, quando passarmos para a próxima mensalidade que nos terá de ser paga quanto tempo teremos de esperar?
Uma espera que cansa e que acaba por nos dar mais forças para querer que tudo termine de uma vez! Não estou desesperado e à rasca, mas há quem esteja e ninguém anda a trabalhar só porque sim! O ordenado é nosso e a vida de cada um é feita consoante o que estamos habituados a receber mensalmente na conta bancária!
Seguem-se próximos capítulos dentro de horas ou dias e não devem ser nada diferentes dos anteriores!