Rotina das noites frias
Deito para dormir e não consigo adormecer com os pés frios.
Fico deitado com um monte de roupa em cima, todo tapado dos pés à cabeça e começo a sentir a necessidade de respirar.
Acordo de noite e percebo que já me destapei.
Vou ao WC e volto para o quente da cama.
Torno a adormecer, todo tapado sabendo que irei ficar com o pico de me faltar o ar dentro de momentos.
Acabo por adormecer de novo e sei que me destapo.
Acordo de manhã, quando o sol nasce e o despertador ainda nem tocou e percebo que lá fora está um gelo de arrepiar.
Olho para o ecrã do telemóvel para perceber que faltam uns ligeiros minutos para me ter de levantar.
Já não adormeço após abrir os olhos e perceber que o sol nasceu.
Levanto porque os cuidados e necessidades matinais imperam e logo de seguida fico pronto com a roupa para começar o dia.
Tomo o pequeno-almoço enquanto espreito as primeiras notícias do dia.
Estou pronto a sair de casa para mais um dia frio de Inverno, sabendo que umas horas depois tudo se voltará a repetir.
Esta é a minha rotina habitual a partir do ponto em que me deito com a ideia de que logo vou adormecer sossegado e de forma direta até o despertador se atrever a entoar na mesa-de-cabeceira, mas a verdade é que a direta do sono geralmente não acontece de forma tão saudável assim, dando primazia ao que acabei de descrever acima sobre uma noite que não é a desejada mas que se torna quase como uma rotina por ser uma constante em tempos frios e onde a regra por vezes dita que tenha de acordar, contra vontade, a meio da noite.