Rescaldo da Festa do Livro em Belém
Marcelo Rebelo de Sousa havia anunciado a primeira Festa do Livro em Belém e o evento acabou por concretizar-se, no entanto tenho a dizer que após ter passado um bom bocado da tarde de Domingo pelos Jardins do Palácio de Belém, onde se realizou o evento, fiquei desiludido com o que acabou por ser apresentado ao público apreciador de boa literatura.
No geral vi bancas das principais editora com pouca oferta, sem qualquer tipo de promoções diárias e com os preços iguais ou mais elevados, em alguns casos, que se fizermos a encomenda via internet ou mesmo se comprarmos pelas grandes cadeias de livrarias nacionais. O espaço poderia ser bem melhor aproveitado, com bancadas mais extensíveis e com um maior número de eventos a decorrer ao mesmo tempo. Não vi a magia dos livros e o encanto que, por exemplo, a Feira do Livro de Lisboa tem. Não pedia que o evento tivesse um peso tão elevado mas pelo menos que existisse uma maior variedade para que conseguissem dar maior destaque a todas as editoras que por vezes nem conseguiam colocar as suas novidades do ano todas à disposição de quem passou pelo evento.
Olhando para as pessoas e vendo também que o interesse nas bancas de livros não acontecia, já que não existia grande proximidade para com as mesmas e os sacos de compras não eram muitos, percebi que a maioria das pessoas que entraram por estes dias nos Jardins do Palácio agora frequentado por Marcelo Rebelo de Sousa foram mesmo pelo local e para visitarem as proximidades da casa da Presidência Nacional.
Uma Festa do Livro sem emoção e com pouco interesse! Infelizmente desiludiu e não consigo encontrar argumentos positivos neste evento que poderia ter melhor organização e um melhor aproveitamento do espaço, já que as condições estavam lá, só faltou mesmo a ideia de tornar tudo maior e não fazer uma feira do livro que mais parecia a banca da esquina do mercado municipal.