Raspadinhas no tempo
Sou daquelas pessoas que de vez em quando vai comprando raspadinhas quando entro em algum espaço que tenha os ditos "jogos da sorte" disponíveis e penso no momento que possa estar com a estrela mágica do meu lado. Geralmente quando isso acontece compro uma ou duas "raspas" de um ou dois euros e sigo a minha vida sem perceber logo no local se tenho algum prémio.
Mais tarde, numa esplanada, junto ao carro ou já em casa é que volto a pegar nas raspadinhas para perceber se a sorte está do meu lado. Pego numa moeda de um valor pequeno, com a ideia de que se raspar com baixo dinheiro posso ter mais hipótese e de forma lenta lá vou vendo o que esconde aquele cartão. Nada, nada e eis que por vezes lá sai algum prémio, nunca mais de vinte euros, pelo que me lembro, deixando para depois de uns dias a trocar quando passar pelo local.
O curioso é que por vezes e escrevo este texto por ter percebido isso há pouco, é que vou acumulando raspadinhas na mochila e mesmo sabendo que existe um prazo que julgo que é de três meses para as trocar pela quantia que saiu, acabo por ficar com duas ou mais em espera e depois é que do nada me lembro que tenho de fazer o levantamento do dinheiro, não sendo muito adepto de voltar a trocar por uma nova tentativa de sorte quando o valor sumado acaba por ser superior ao valor da nota mais pequena de euro.