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O Informador

Protecção literária

Aquelas pessoas que afirmam que ler é desperdiçar tempo não sabem mesmo do que falam e devem adorar viver no seu mundo onde não existem reflexões, comentários e debates. Ao ler reflete-se sobre os diversos temas que vão aparecendo ao longo das histórias e isso é tão melhor que andar por aí em busca da imperfeição da vida alheia.

Ando a ler O Pintassilgo, tal como já tinha revelado, e ao longo da leitura das duas primeiras partes desta obra, que me está a conquistar, dei por mim a pensar em como uma pessoa viúva ou separada sem saber onde o seu antigo parceiro foi parar lida com o pensamento da própria morte quando existem filhos menores ao seu cuidado.

Tenho amigos e conhecidos que foram criados simplesmente com um dos progenitores e ao longo das primeiras cem páginas da obra de Donna Tartt fui pensando em como seria a vida de x ou y se o seu principal e único cuidador faltasse quando ainda existissem vários anos pela frente enquanto criança? O que um pai/mãe pensa ao longo dos anos em que é o único sustento das suas crias sobre a possibilidade, porque existe sempre a hipótese de acontecerem fatalidades, de uma perda? Onde ficam as crianças nessa altura, com quem, quando por vezes não existem avós com condições para os aceitarem ou familiares próximos capazes de se chegarem à frente? Situações complicadas que por vezes atiram jovens para instituições porque a vida não lhes foi meiga com a perda, por variados motivos, de quem mais os queria ver bem.

O que passará pela cabeça dos solitários responsáveis de uma família quando a hipótese de partirem surge a longo/médio prazo ou o pensamento de que tudo pode terminar de um momento para o outro surge naquelas ocasiões criticas onde se pensa, pensa e só ideias absurdas vão aparecendo pela mente solitária e com o silêncio como principal companheiro?

Histórias ficcionais que nos levam a reflectir sobre vidas reais que podem estar ao virar da esquina! O que hoje está bem amanhã poderá virar catástrofe!

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