O Triângulo sem motivação
No início do ano foi anunciado que o próximo reality show seria totalmente inédito e um pouco fora da caixa perante o que havia sido feito até aqui. A promessa da TVI foi alta e no dia de estreia ainda se podia pensar que vinha algo diferente do Big Brother que havia terminado umas semanas antes. Só que assim que o formato foi apresentado, se percebeu que a casa era a mesma e que até a conhecida voz tinha presença marcada logo se conseguiu perceber que vinha mais do mesmo, num formato de reality show gasto. Umas semanas após a estreia e com vários concorrentes na casa, após entradas e saídas iniciais para criar uma tentativa de diferença perante o que havia sido feito antes, eis que tudo agora segue como se não tivesse existido qualquer mudança no formato apresentado.
Afinal o que tem O Triângulo que o Big Brother não tem? Eu sei, tem manipulação feita de forma mais direta com concorrentes a serem nomeados porque são menos populares nas redes sociais e tem também um toque mais forte de Love On Top, o reality show mais low cost que existiu no canal, a fazer as temperaturas. Ou seja, O Triângulo é o irmão pobre do Big Brother, com um pouco do outro primo pobre e o público que não come em 2023 gelados com a testa tem rejeitado esta aposta por se perceber que a inovação e diferença tão apregoadas ficaram bem guardadas nas gavetas dos gabinetes de José Eduardo Moniz e Cristina Ferreira.
Podem terminar isto rapidamente e voltar com o Big Brother que pode ser mais do mesmo, mas pelo menos sempre tem a sua essência e não é um jogo tão aberto onde de uma semana para a outra as regras e os peões podem ser alterados de forma tão descarada.