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O Informador

O Que Dizer das Flores | Maria Isaac

Cultura Editora

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Título: O Que Dizer das Flores

Autor: Maria Isaac

Editora: Cultura Editora

Edição: 1ª Edição

Lançamento: Maio de 2021

Páginas: 224

ISBN: 978-989-9039-43-8

Classificação: 3 em 5

 

Sinopse: Bem-vindo a Mont-o-Ver!

Português que se ponha a caminho da montanha, no inverno, ou da praia, no verão, é certo passar por esta planície de canaviais; mais certo ainda, nem dar por ela. A velha linha férrea passa-lhe ao lado e os comboios já nem sequer abrandam por aqui. Em tanto espaço igual, esta é paisagem fácil de se perder.

Pois permitam que vos apresente os ilustres da vila.

O padre Elias Froes, o homem santo que tem por hábito gastar tempo a pensar no mundo, raramente em si próprio. Guarda segredos que mais ninguém sabe.

Catalina Barbosa, aventureira e contestatária. Menina bem-comportada apenas aos domingos, quando a avó a amordaça dentro de um vestido bonito para ir à missa.

Rosa Duque, a mulher que, em tempos, teve tudo para ser feliz. Foi vencida por um coração partido e resgatada por uma flor.

Zé Mau, o terror na vida das crianças. Os irmãos Mondego, os vilões nas histórias dos adultos.

Este vilarejo pode até ser pequeno e parado, mas está cheio de gente atrapalhada com muita vida para esconder.

Descubram comigo o que aconteceu, afinal, na noite do grande incêndio de há uma década e quem são os verdadeiros heróis desta nossa história pitoresca, temperada com os habituais mal-entendidos.

Bem-vindo a Mont-o-Ver!

 

Opinião: O Que Dizer das Flores convida o leitor a conhecer uma aldeia com todas as características que os pequenos meios rurais apresentam pelos espaços mais recatados do nosso país. Entrando em Mont-o-Ver, percebemos que iremos encontrar uma comunidade fechada, onde famílias se cruzam com mistérios e um autêntico vai e vem sobre o diz que disse perante o que está a acontecer com cada membro da aldeia. 

Logo ficamos de orelha atenta com o que poderá levar o padre Elias Froes a deixar o seu lugar, percebendo depois que tudo tem as suas razões, percebemos que a mãe de Catalina viveu um romance com o incendiário da igreja que foi posteriormente preso e que deixou a jovem aos cuidados da família materna, também conhecemos a Rosa, os irmãos Mondego e os recantos e centros de Mont-o-Ver, a velha aldeia que tende a crescer com a criação da auto-estrada mas que terá a partir de agora pequenas guerrilhas internas sobre os cargos de poder disponíveis que serão tão poucos para tanta boa vontade de os pegar. 

E quem será o narrador que parece presente e estar em todo o lado mas que ao mesmo nunca é notado pelos restantes? No final sabemos quem nos conta esta história com personagens reais e enredos que podem estar mesmo ao nosso lado mas que neste caso estão refletidos em O Que Dizer das Flores, o romance que Maria Isaac nos contou e que pode muito bem ser a reflexão sobre um pequeno local que tão bem conhecemos numa qualquer aldeia portuguesa. 

Entre momentos que me entusiasmaram na leitura e outros menos bem conseguidos e que acabaram por me levar a arrastar em certos momentos a companhia deste livro pelos momentos literários que vou tendo nos tempos livres, O Que Dizer das Flores tem o seu foco na proteção e bem familiares, tal como nas diferenças e hierarquias sociais, sendo aquele romance que talvez se o lesse num outro momento e estado de espírito da minha vida fizesse um outro sentido. 

 

Se ficaste curioso, encomenda já o teu exemplar de O Que Dizer das Flores, de Maria Isaac

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