O Jogo
Um thriller dos tempos modernos com as novas tecnologias a terem destaque ao longo da narrativa, O Jogo é o primeiro volume de uma trilogia que poderá atrair leitores, mas que não me convenceu.
Aliando a conspiração com a política e o romance, nesta obra de Anders de la Motte, a história começa por ser viciante quando Henrik Pettersson descobre um misterioso telemóvel no comboio e começa a receber sms em forma de jogo. Com o suspense entranhado ao longo da acção, as questões e missões vão sendo dadas e o leitor começa a ficar curioso com o que acontecerá logo de seguida. Só que este facto não acontece por muito tempo e aí o que parecia estar no caminho para ser um bom livro desvanece-se.
Sendo descrito consoante a perspectiva de HP e de Rebecca Normén, uma segurança com altas patentes, O Jogo cruza personagens e locais na tentativa de uma força do mal, que está a ser filmado, sobre o bem. As ordens transformadas em missões transformam-se em caprichos negados e o que parece estar a correr bem dá a volta e o final acontece longe do que se vai pensando ao longo de toda a história.
Aliando a psicologia com a ambição, este livro poderia ser o início de uma boa realidade literária se não tivesse visto a sua história perder o fio condutor com que se iniciou em busca sabe-se lá de quê, ficando assim longe das altas missões e das mensagens escritas e de voz que o líder do jogo vai enviando aos seus bons jogadores que tudo fazem para triunfar no difícil mundo onde a realidade pode ser alterada por quem consegue liderar e mudar um acontecimento.
O Jogo tinha tudo para poder dizer que é um livro promissor, mas deixou muito a desejar! Tendo uma escrita de leitura fácil e uma história corrida, o que correu mal foi mesmo o caminho percorrido pelas personagens que fugiram do processo inicial que conseguiu cativar, ao contrário do que aconteceu depois!
Sinopse: Henrik Pettersson, «HP», encontra acidentalmente um telemóvel que o convida a entrar num jogo de realidade alternativa. Passado o teste de admissão, começa a receber uma grande variedade de missões emocionantes, todas elas filmadas e avaliadas secretamente. HP deixa-se imediatamente conquistar por este jogo, mas não tarda a perceber que ele não é tão inocente como a princípio parecia. A inspetora da polícia Rebecca Normén é o oposto de HP. É uma mulher com perfeito controlo da sua vida e uma carreira ambiciosa em ascensão. Tudo seria perfeito não fosse o bilhete escrito à mão que ela encontra no seu cacifo. Seja quem for que o escreveu, sabe demais acerca do seu passado. Os mundos de HP e Rebecca aproximam-se inevitavelmente um do outro. Mas se a realidade é apenas um jogo, então o que é real?