O Dia em Que Deixei de Falar com a Minha Avó | Cláudia Oliveira
Título: O Dia em Que Deixei de Falar com a Minha Avó
Autor: Cláudia Oliveira
Edição: 1ª Edição
Lançamento: Novembro de 2022
Classificação: 4 em 5
Sinopse: Uma novela sobre o dia em que deixei de falar com a minha avó.
Opinião: Um conto, um estilo literário que geralmente fico de pé atrás por saber com o tempo que geralmente não me consigo envolver com a história. No entanto e após deixar esta leitura para um dia em que me sentisse bem, por saber que a envolvência de temas pessoais me poderia também a mim levar para outras memórias, peguei em O Dia em Que Deixei de Falar com a Minha Avó e encontrei a emoção em toda a mágoa transcrita para palavras sobre um passado marcante, que acabou por provocar dor perante situações que os adultos não conseguem perceber que afetam de tal modo as crianças que vão ser jovens e adultos e que irão ter de enfrentar as memórias do passado que nem sempre foi embrulhado por quem lhes devia querer bem da melhor forma.
Um desabafo intenso e que enfrenta um passado de mudança forçada com vozes e situações que se fizeram sentir entre várias frentes de lados opostos que se foram compatibilizando quando por um bem comum deviam ter seguido uma linha e pensado que o presente reflete sempre o futuro. A dor da perda e derrota existe e a perceção que cada um enfrenta sobre a sua comoção é vivida de forma diferente, mas quando se acaba por transmitir a quem se está e se quer bem da pior forma o que devia ser um ponto de acolhimento e amor acaba por se transformar como uma autêntica chapada violenta de sentimentos.
Um conto que podia ser um pouco mais, por ser defensor que estas poucas páginas são sempre pouco para o que pode ser transformado em algo com um maior desenvolvimento, O Dia em Que Deixei de Falar com a Minha Avó tem uma boa escrita bem encadeada e que consegue levar o leitor para a sua própria infância e as memórias que sempre ficam, deixando a ideia de que esta história poderia ter um pouco mais para criar uma maior conexão entre a escrita e o leitor que também é feito do seu próprio passado.