O Amigo Gigante
As expectativas com o filme O Amigo Gigante estavam altas, mas rapidamente a apelidada de obra de arte dos últimos anos do cinema e que iria destituir ET das preferências mundiais caiu por terra, acreditando que tal sensação não me bateu só a mim, dado os valores de bilheteira que a película tem alcançado.
Steven Spielberg é o realizador deste filme e Roald Dahl o autor e também responsável pela adaptação de um conto para a produção cinematográfica. Se os nomes responsáveis por esta película têm marcado a história do cinema e literatura, através de O Amigo Gigante não me conseguiram convencer.
Existe história mas esperava muito mais! A união entre a pequena Sofia, uma menina com necessidade de afectos e o Gigante que nada se parece com os moradores do País dos Gigantes, com quem se defronta e se vê em apuros devido à amizade criada com a mais pequena. A ideia que tinha sobre este filme logo se foi desvanecendo quando entrei na sala do Cinema City e percebi que afinal o filme não estava tão bom como esperava. Pensei que O Amigo Gigante teria uma história muito mais envolvente e onde o caminho entre as duas personagens centrais sofresse muito mais contratempos com a finalidade de ao mesmo tempo mostrar verdadeiros e puros sentimentos. União, fraternidade, carinho e protecção seriam alguns dos valores que esperava que tivessem maior presença neste filme que deveria ter a mensagem junto do público muito mais reforçada do que aquilo que foi conseguido.
No geral, dada a história base, este filme cumpre, não se podendo afirmar que é especial e que ficará na memória porque isso não acontece. Várias são as falhas cometidas no enredo que arrasta assim tudo o resto porque por muito que os atores estejam presentes não conseguem servir um bom trabalho sem existirem bases para isso. A nível de imagem tudo cumpre, embora por vezes a imagem computadorizada deixe algo a desejar mas vai sendo consumível até.
Não aconselho e ainda deixo o aviso que existem várias cenas onde os mais pequenos poderão de ser avisados com a típica frase «aquilo não se faz», como a de saltar de uma varanda porque o amigo gigante os irá apanhar com as suas grandes mãos.
O Amigo Secreto é um sucesso antecipado que virou desilusão!
O Amigo Gigante
Título original: The BFG
De: Steven Spielberg
Com: Rebecca Hall, Mark Rylance, Bill Hader, Jemaine Clement
Género: Aventura
Classificação: M/6
Outros dados: EUA/GB/CAN, 2016, Cores, 115 min.
Sinopse: Desde a trágica morte dos pais que Sophie (Ruby Barnhill) vive num orfanato administrado por uma governanta malvada. O seu coração é triste e solitário e ela sonha encontrar alguém a quem possa chamar família. Numa noite igual a tantas outras, encontra um gigante (Mark Rylance) de sete metros de altura que, apesar da sua aparência aterradora, possui um coração gentil, razão pela qual sempre foi ostracizado pelos da sua espécie. Ao compreender a solidão de Sophie, ele decide levá-la consigo para o seu país. Porém, naquele lugar perigoso, a menina tem de se manter longe dos olhares dos outros gigantes que, como todos sabemos, gostam de comer crianças. Os dois tornam-se amigos inseparáveis e, quando percebem que os outros planeiam assaltar as cidades para comer todas as crianças que as habitam, decidem que têm de fazer algo para o evitar…
Estreado no Festival de Cinema de Cannes, uma história para toda a família que conta com realização e produção do veterano Steven Spielberg (“Os Salteadores da Arca Perdida”, “ E.T. - O Extra-Terrestre”, “Império do Sol”, “A Lista de Schindler”, “Apanha-me Se Puderes” e “Lincoln”) e argumento de Melissa Mathison, que já antes trabalhara com Spielberg em “E.T. - O Extra-Terrestre”. “O Amigo Gigante” adapta o célebre conto do escritor britânico Roald Dahl (1916 — 1990), conhecido também pelas obras “Charlie e a Fábrica de Chocolate" ou "O Fantástico Senhor Raposo".
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