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O Informador

Mulheres que lêem são emotivas

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Serão as mulheres que lêem perigosas por conhecerem tantos romances intempestivos e autênticos thrillers onde além do suspense exigido sempre existe um amor proibido ou impróprio pelo caminho?

Todos nós leitores pretendemos na companhia dos livros viajar, conhecer, acreditar e ao mesmo tempo descansar um pouco da própria vida. No entanto, até que ponto todas as histórias contadas através dos livros que nos vão passando pelas mãos ao longo dos tempos não nos causam algumas mudanças pessoais que acabam por influenciar ideias e formas de ver a vida e o futuro com outros olhos?

Sinto que muito do que li até aos dias de hoje conseguiu ter alguma influência, nem sempre de forma positiva, no modo como vejo as relações, os atos e afetos e cada pensamento perante o que está por acontecer. Mas seremos nós, homens e mulheres, iguais na forma de olhar para cada livro, cada história e cada desfecho da mesma forma?

Sempre acreditei, e talvez nunca o tenha dito, que as mulheres, verdadeiras leitoras e não as que o fazem somente pelas férias prolongadas, vivem de forma diferente de nós homens as narrativas com que se deparam. É sabido que em termos de sensibilidade, a ala feminina da sociedade consegue ser mais forte e ao mesmo tempo frágil no que toca a grandes romances que façam sonhar, existindo vontade de estar no papel de uma boa personagem com tudo e cujo final acaba em beleza. Mesmo nas histórias pesadas, de maldade, as mulheres conseguem quase sempre encontrar pontos fortes de cada heroína ou maléfica que as façam perceber que aquela é a realidade de cada uma ou de alguém que conhece. Nós podemos vivenciar o mesmo, pensar quase da mesma forma, mas somos mais estáticos, entrando na história, deixando que a mesma cative, mas sem querer transformar a realidade no sonho que à partida sabemos que não será realizável.

As mulheres conseguem ver cada história ficcional como se fosse a sua. Nós somos mais distantes, como elas costumam dizer, quase com tudo, e isso é uma realidade também no que toca à ficção literária. 

Estarei neste ponto enganado ou a emotividade com que o mulherio vive cada momento também é sentida na literatura de forma diferente da que nós homens a presenciamos?

 

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