Mulheres da vida
No outro dia passei por uma das zonas do país mais conhecida por ser frequentada pelas quase profissionais do sexo e enquanto passava pensava. Quantos clientes estas mulheres atendem por dia sem prazer algum, simplesmente em busca de dinheiro fácil e com todos os riscos bem vivos em seu redor?
Horas sentadas em velhos sofás, tábuas ou caixotes improvisados de banco pelas próprias, as mulheres da vida que passam horas em funções não correm somente os riscos das doenças sexualmente transmissíveis, estando também à mercê de quem passa e abusa dos seus serviços. Sabe-se que existem pessoas que tratam quem se sujeita à borda da estrada como escravas sexuais no momento do ato pago e onde querem fazer tudo o que lhes passa pela cabeça com intenção final de despejarem o que muitas vezes não conseguem deixar em casa. Haverá necessidade de humanos como qualquer outro de estarem sujeitos a maus tratos de quem não conhecem, estando em locais perigosos e lidando com vários monstros que vão passando e parando sem qualquer vergonha do que estão a fazer?
Como aquelas mulheres pensam e agem no seu dia-a-dia junto de familiares e amigos? O que pensarão de si próprias enquanto abrem as pernas a quem passa e tentam atrair clientes seja de que maneira for? Existem profissões que me continuam a fazer confusão por tudo o que envolvem, neste caso as mulheres usadas, os vários chulos que as espancam e que há noite esperam pela quantia que elas conseguiram angariar com o corpo, os filhos que são marginalizados pelos companheiros da sua idade...