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O Informador

Modo «entrevistas»

Pelos últimos dias andamos pelo trabalho em modo «entrevistas»! Ora é uma tarde de enchente com candidatos a um emprego, ora são as manhãs recheadas como se fosse hora de ponta! Em plena conversa entre entrevistador e entrevistado percebe-se que existem pessoas que procuram o que muitas vezes não existe! Será que não existe emprego ou não existem empregos de sonho? Uma questão que posso não saber responder por também estar há nove anos no meu primeiro local de trabalho, no entanto com as conversas que são apresentadas pelos candidatos muito se pode pensar acerca de quem supostamente procura o seu ganha pão fora do subsídio de desemprego!

Livres e desimpedidos que não podem sair após as 17h00, pessoas que suplicam um emprego mas que depois afirmam que devido aos filhos têm de chegar constantemente atrasadas na hora de entrar ao serviço, famílias que recebem rendimentos e que não querem assinar contratos de três meses por perderem o dito rendimento mais baixo do que o que iriam receber, jovens que querem ganhar dinheiro para estarem sentados todo o dia a olhar para algum lugar longínquo, seres rudes que aparecem em entrevistas como se fosse a empresa contratante a necessitar dos seus serviços e não o inverso, grupos que aparecem para uma entrevista onde só um foi chamado mas quis que os seus amigos tentassem a sorte e quem sabe ficassem com o seu lugar, solteiros a viver sozinho com contas para pagar e com rendimentos mínimos que não querem trabalhar ao Sábado!

No final de várias entrevistas as histórias que são contadas ao longo daquelas conversas conseguem ser por vezes irreais de tão absurdas. O que será que andam os desempregados, alguns sem qualquer ganho do fundo de desemprego, à procura quando entram numa sala para realizarem uma entre muitas entrevistas? Confesso que não percebo quem nada ganha e não quer trabalhar, nem que seja por umas semanas até que outra coisa lhe surja! Faz-me uma certa confusão este tipo de procuradores laborais que mostram que estão nem aí para o que quer que seja que lhes vá aparecendo! Aparecem nas entrevistas porque receberam uma mensagem escrita no seu telemóvel da parte das entidades responsáveis e lá vão elas, em modo passeio, muitas vezes arranjadas de mais e com partes do corpo visíveis também de mais, prontas para uma conversa de circunstância mas onde o seu interesse em ficarem com o lugar disponível é zero. 

Felizmente este modo «entrevistas» está a terminar, mas muita coisa deu para perceber com as pessoas que nos passaram pela frente!

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