Messiah, nem bom, nem mau...
Netflix
Messiah é desde logo uma série que pode atrair muitos mas afastar uns outros quantos somente pelo tema que retrata. Como seria a reação social se em pleno século XXI surgisse uma figura misteriosa que rapidamente se apelidaria como sendo o novo Messiah? Quem iria acreditar? Que desunião surgiria a partir desse ponto? Quem investigaria factos, mistérios e credos? As questões são levantadas nesta série Netflix que a mim muito pouco conseguiu conquistar.
Não tendo começado a ver esta produção por motivos religiosos, por ser um não praticante, Messiah é daquelas séries que poderia ter muito para prender quem está do outro lado do ecrã, mas isso não acontece. Primeiramemte pelo fraco protagonista, interpretado por Mehdi Dehbi, que não aquece nem arrefece ao longo dos dez episódios, talvez pela fraca capacidade do ator de se fazer notar. Com fracas expressões faciais, estático e um ar bem notório de típica personagem "pão sem sal", este Messiah como está representado tem tudo menos a capacidade de conquistar quem o segue, o que também tem o apoio da fraca capacidade dos argumentistas em agarrarem esta personagem com convicção para chocar de forma interventiva e de modo a levar os discípulos atrás para conseguirem ao mesmo tempo baralhar sobre a verdade e mentira dos acontecimentos.
Entrando no campo do cristianismo, islamismo e judaísmo numa reunião de crenças que têm sobre si o ceticismo da investigação de núcleos fortes, como é o caso da CIA, e também onde a comunicação social tem interesse em mostrar e procurar todos os pontos, tal como os explicadores políticos para todos os mistérios que envolvem esta figura desconhecida.
O que encontrarão os convictos seguidores de Messiah? Quem se tenta aproveitar deste fenómeno? Existirão enganados e também conquistados após a negação inicial? Muitas são as questões lançadas nesta série onde em cada episódio novas revelações são feitas, no entanto não existe suspense em qualquer ponto sobre o final que acontece, não surpreendendo por nem fazer sentido esta série ser feita para que o seu término fosse diferente do escolhido.
Do meu ponto de vista esta série não acrescenta nada ou muito pouco pela falta se capacidade de quem a criou, mas a crítica mais fervorosa das várias religiões já comentou exigindo que tudo se fique por esta primeira temporada, o que também não se perderia grande coisa. Messiah poderia lançar o debate social para além do centro de cada religião mas somente o consegue fazer de forma muito suave por existir um claro receio em chocar se tocar nos temas com força e objetivo e não só para lembrar que o surgimento de uma figura mística poderá acontecer e fazer mexer com várias alas da sociedade mundial.