Marcada Para Morrer | Peter James
Autor: Peter James
Editora: Clube do Autor
Edição: 1ª Edição
Lançamento: Janeiro de 2018
Páginas: 472
ISBN: 978-989-724-409-4
Classificação: 3 em 5
Sinopse: Se há livros capazes de suspender a respiração normal do leitor, este é um deles. Tal como a obra anterior de Peter James, Marcada para Morrer é um thriller que promete dar que falar (e noites sem dormir).
Escutou-a a gritar. Um grito aterrador. Depois, surgem os corpos assassinados, uns no passado e outros no presente. No final, a perversidade por trás destes crimes vai surpreendê-lo e arrepiá-lo.
Até que ponto um passado tortuoso é capaz de gerar uma mente monstruosa e vingativa? O que fazer quando o pior mal existe naqueles em quem mais confiamos?
Opinião: Agarrando a série de Roy Grace a meio, rapidamente entrei na cena do crime para me deixar levar por misteriosos desaparecimentos onde cada local é marcado e vigiado para que o assassino seja rapidamente descoberto. Com base na vida do detetive Grace, o centro de toda a ação, fui levado por caminhos e descobertas macabras onde cada desaparecimento dá o mote para se seguirem pistas baseadas em pouco mas que com o tempo e como se um puzzle fosse sendo montado, conduzirão ao verdadeiro autor de todos os mistérios de Marcada para Morrer.
Não conhecia a escrita de Peter James, não acompanhando até aqui a vida de Roy Grace enquanto personagem central de policiais mas fiquei interessado através desta criação onde o mistério de cada caso é tão bem elaborado que por muito que os dados sejam lançados ao longo do que é contado perante a investigação e do outro lado de cada caso, os passos dados e revelados acabam sempre, mas mesmo sempre, por surpreender por conseguirem mostrar que as dicas lançadas não passam disso mesmo, um mero abrir de apetite do que se passa verdadeiramente dentro do que é descoberto sobre o que foi feito.
Em Marcada para Morrer encontramos desaparecimentos súbitos de jovens mulheres, todas com a mesma aparência, onde uma descoberta do passado que também se reflete sob a mesma base une cada caso. Grace é convidado a assumir o cargo maior da investigação, tudo ao mesmo tempo em que se encontra num período de mudanças familiares, onde um bebé chega à família e a compra de uma nova casa é feita, sendo necessário criar condições para a alteração de residência. Mas como tudo pode acontecer com um grande mistério em mãos para ser desvendado e a morte de uma colega para valorizar num momento onde as contradições sobre o bom senso e as vontades se fazem sentir por não se conseguir chegar a todo o lado ao mesmo tempo? E o que fazer no caso de Roy quando subitamente a sua ex-mulher, desaparecida há vários anos para parte incerta, poderá estar de volta? Tudo acontece na vida do detetive que acaba por enfrentar um período difícil ao longo de poucas semanas, mostrando que na realidade quem está nesta profissão por gosto tem muito para enfrentar, correndo o risco de perder vários apontamentos importantes da sua vida pessoal por um caso mais intrincado e exigente.
Um sequestrador em série que vai provocando as forças policiais e capaz de elaborar desaparecimentos súbitos e inusitados, uma vida familiar para gerir, um passado para redescobrir e um homem no centro de tudo onde as capacidades físicas e intelectuais o levam a fazer mais pelo encontro da verdade. No entanto sempre é necessário parar para que se consiga prosseguir no caminho desejado, já que mesmo descobrindo cada passo e o fim de tudo pareça estar perto, é preciso fechar o caso, mas estará este crime resolvido no final desta história?
Tanto que é contado neste avançar de vida de Grace, mas no final será que a equipa conseguirá fechar o caso para poder seguir em frente? Sim, vamos seguir em frente mas com pedras por descobrir que ficam misteriosamente soltas quando tudo parecia tratado.
Uma narrativa do gato e do rato que já vem sendo contada de trás mas que se apanha facilmente ao pegarmos na série a meio. Gostei, não é dos livros dentro do género que mais me marcou, talvez por ter demasiadas personagens com histórias paralelas à de Grace que inicialmente baralham um pouco o novo leitor de Peter James, mas que com o tempo se percebe que tudo encaixa para que se dê continuidade a esta história que me deixou curioso para o que se seguirá. Acredito que na próxima leitura do autor, na continuação da história de Roy Grace, o interesse já venha a ser outro porque conhecerei o inspetor detetive de outra forma, tal como quem está ou esteve ao seu redor em algum momento dos últimos tempos.