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O Informador

Mais que é menos

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As últimas semanas da minha vida, devido ao estado de confinamento que todos atravessamos, têm-me dado mais tempo livre e muito no sentido do "sem nada para fazer", o que não significa que tenha estado mais entretido com os meus interesses de tempos livres dentro de casa. Sim, ao contrário do pensado, mais tempo livre não significa melhor ocupação desse mesmo tempo, não conseguindo arranjar conteúdo decente para passar a maioria das horas extra que agora estão ao dispor como tempos livres.

Se vejo mais horas de séries? Não! Se ando a ler mais? Não! Se dedico mais horas ao blog? Não! Se estou mais tempo a olhar para as redes sociais? Não! Se dedico mais tempo a arrumações? Não! Se faço mais doces? Não! Ou seja, não sei como, mas a verdade é que acho que quando tenho os dias mais compactados com as horas de trabalho a ocuparem metade do dia consigo fazer exatamente o mesmo que agora que estou livre como um passarinho para desfrutar e duplicar ou mesmo triplicar o que geralmente é feito em tempos normais.

Não sei como as horas passam, mas o certo é que não me vejo com uma maior rentabilidade em modo tempos livres do que quando estou a assumir funções na empresa que me tem em lay-off neste momento por forças maiores. Tenho todas as horas do dia livres e mesmo assim não faço mais nem menos que antes! Como isto acontece? A verdade é que não tenho uma resposta para esta constatação.