Finalmente algo acontece no caso Raríssimas
Praticamente duas semanas após a reportagem da TVI sobre as falcatruas que Paula Brito da Costa fez enquanto Presidente da Raríssimas, eis que a Polícia Judiciária entrou em ação e efetuou buscas na sede da instituição, em Lisboa, na Casa dos Marcos, na Moita, na casa de Paula Brito da Costa e no gabinete do ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.
Com estas buscas surge também a informação que a senhora que meteu milhares de euros para o bolso ao longo dos últimos anos foi constituída arguida, estando assim indiciada pelos crimes de peculato, falsificação e recebimento indevido. Paula Brito da Costa é assim arguida no inquérito sobre a gestão da Raríssimas, estando neste momento com termo de identidade e residência, sem se poder ausentar do país.
Paula Brito da Costa usou dinheiro da Raríssimas para uso pessoal, com gastos avultados em viagens, roupa, alimentação, veículos e muitos mais durante os últimos tempos, os avisos foram feitos para que a Segurança Social agisse, nada foi feito e mesmo após a reportagem da TVI, só agora, uns bons dias após a polémica ter sido apresentada publicamente na investigação jornalística que deu lugar à reportagem, eis que as medidas de coação são tomadas perante uma mulher que usou e abusou do seu poder para os seus próprios luxos.
Paula Brito da Costa geria a Raríssimas como se fosse uma empresa pessoal onde não tinha de prestar contas a ninguém, usando dinheiro público e que em parte também era atribuído por particulares para fazer a vida que bem entendeu. Por vezes o que dá a ideia é a de que esta senhora que pouco tinha viu na Raríssimas um prémio milionário e começou a usufruir de tudo o que quis como se não estivesse mentalmente preparada para ver tanto dinheiro em seu redor de um momento para o outro, não o sabendo gerir como uma boa Presidente de uma causa social de grande importância para o país. Aliás, acho que nem é em vão que o símbolo da instituição seja tão semelhante ao do Euromilhões, coincidência? Acho que não existem coincidências com esta dona Paula!
Espera-se que justiça seja feita e que este caso não seja abafado, como tanto têm dado a entender, por interesses pessoais de órgãos que estão ou estiveram no poder e que talvez, friso talvez, tenham também ganho bastante com a Raríssimas.