Eu, o rapazito!
Sinceramente, não querendo parecer convencido, sei que aparento por vezes ter menos idade que a verdadeira! Há uns dias no trabalho senti isso na pele com uma cliente a apelidar-me por rapazinho junto do meu colega, com dois anos a mais que eu, que foi chamado por senhor! A diferenciação poderia ter uma boa ou má conotação mas não senti nada de critica naquela forma de se exprimir perante os dois, simplesmente quis diferenciar mas enquanto eu fiquei contente...
Ah pois é, o «rapazito» já caminha para os trinta e continuam a achar que tenho uns vinte e quatro, vinte e cinco! Não me importo nada, embora há uns anos me tenham confundido com o meu primo que tem quase doze anos a menos, mas enfim. Na altura fiquei um pouco irritado e devo ter mostrado má cara, mas logo passou, embora a situação me tenha ficado marcada!
Nos dias que correm continuo a sentir que fisicamente quem não me conhece continua a achar, na maioria dos casos, que sou mais novo e isso poderá sempre ser um pau de dois bicos. Tenho responsabilidades laborais e consegui ao longo do tempo mostrar trabalho e por ser um dos mais novos, quase com trinta, e aparentar ainda menos, não quer dizer que não saiba o que ando a fazer. Só que quem olha à primeira vista para um suposto funcionário mais novo que os outros não leva a sério que a responsabilidade existe acima de quem tem mais idade.
Não sou um miúdo! Posso parecer, posso estar quase sempre bem disposto para com os outros, posso vestir-me de forma mais descontraída por vezes, mas já caminho para os trinta! Uma cara e um corpo de miúdo não significam que não exista presença séria e com responsabilidade quando assim tem de ser!
O «rapazinho» e o «senhor» não têm assim tanta diferença de idades, mas podem aparentar com o aspeto um grande fosso! Sou como me sinto bem e não tenho de mudar somente porque a idade assim o exige! A mente dita as regras e é por ai que nos temos de reger dia após dia!