Estreia Hoje | Gente Que Não Sabe Estar
Ricardo Araújo Pereira regressa hoje, 20 de Janeiro de 2019, aos ecrãs nacionais para estrear um novo suplemento humorístico inserido no Jornal das 8, da TVI. Se o Ricardo fazia falta à televisão? Sem dúvida, no entanto existem umas questões do passado que me deixam de pé atrás perante este regresso.
Primeiramente quero comentar o facto da direção de programas e de informação do canal em insistir em colocar espaços de humor político como partes dos informativos. Podiam perfeitamente dar este novo espaço, Gente Que Não Sabe Estar, colado ao informativo, mas como formato autónomo e que vale por si, sem existir qualquer necessidade de ficar inserido, na sua primeira exibição, dentro do principal bloco de informação do canal. Depois as repetições na TVI24 já são livres, por isso qual o fundamento desta colagem?
Segundo ponto... No passado Ricardo Araújo Pereira estreou dois formatos do género, também dentro do Jornal das 8, e não me conseguiu convencer, achando tudo muito forçado. Desta vez vou dar a liberdade de começar de novo, uma vez que esta nova aposta parece ser diferente do que foi feito anteriormente. Será que é mesmo diferente e consegue ter uma maior dinâmica e uma piada mais formatada sem roçar o ridículo para cumprir contrato?
O que salva mesmo isto é que desta vez Ricardo não aparece sozinho, fazendo-se acompanhar por um lote de humoristas bem competentes e sempre com a verdade opinativa afincada na ponta da língua. Cátia Domingues, Manuel Cardoso, Joana Marques, Guilherme Fonseca, Cláudio Almeida, Miguel Góis, José Diogo Quintela, o famoso Insónias em Carvão e claro, Ricardo Araújo Pereira, que volta a ser o centro da ação neste que é um programa de Gente Que Não Sabe Estar.
Se tenho expetativas que isto seja mesmo diferente e interessante ao modo do que foi feito no tempo dos extintos Gato Fedorento? Tenho, mas depois das trapalhadas que o português RAP conseguiu fazer nas suas últimas aparições do género, tenho algum receio que o caminho volte a ser mais do mesmo e não um regresso do bom estilo do passado.
Num espaço semanal e dominical, a atualidade política nacional será assim debatida num espaço que se define como um noticiário televisivo invertido num momento em que se começam a preparar as eleições.