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O Informador

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Será um escritor menos capacitado por não levar as suas obras pelos campos descritivos com a intenção de criar e elaborar grandes envolvimentos em detrimento do escritor que acaba por sentir a necessidade de elevar o seu texto com quantidades descritivas e significados exaustivos com expressões contemporâneas para embelezar a sua escrita?

O mesmo tema pode ser entregue a dois autores distintos. O primeiro tem um estilo rebuscado, prometendo a si próprio seguir os passos de um grande nome da literatura, elaborando a sua história com significados descritivos que tendem a deixar o leitor exausto de tanto encontrar locais tão reais por todos os seus pormenores presentes sem que sobre espaço para se poder criar aquele detalhe, já que o mesmo está totalmente descrito, cansando. A necessidade deste autor é a de criar em demasia, rebobinando tudo e mais alguma coisa como forma descritiva, mostrando querer dar valor ao texto com extensões e desenlaces que pouco acrescentam para o continuar da ação. Esticar, explicando em demasia mesmo que para isso disperse o leitor da verdadeira questão do que está a ser contado nem sempre funciona da melhor maneira pela forma repetitiva como o sistema é feito.

Depois existe o escritor livre, sem querer encurralar o leitor entre a sua obra e o dicionário. O mesmo tema pode ser relatado também de forma simples e direta, sendo possível identificar facilmente o centro da questão, criando um princípio, meio e fim sem enrolar, não existindo aquele prolongamento muitas vezes desnecessário de quem pensa que mais é melhor, pelo contrário, por vezes menos acaba mesmo por ser mais, dando este escritor que dispensa as formalidades a demonstração que ao contar a verdade de forma nua e crua sem enfatizar leva a que tudo consiga chegar ao leitor de forma bem mais sincera.

Nem sempre elaborar demais na escrita é fazer melhor, ficando muitas vezes provado o contrário.

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