Era só o que faltava... Graciano no Chega
Nuno Graciano passou, como apresentador, pela SIC, TVI e mais recentemente pela CMTV, onde parece ter suspendido a carreira televisiva. Agora, depois de se tornar num empresário na venda de queijos regionais e afastado dos holofotes, o antigo apresentador será, imagine-se, o cabeça de cartaz, perdão, de lista, do Chega em Lisboa. Nuno Graciano será assim o candidato do partido liderado por André Ventura à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas que se realizarão em Setembro ou Outubro desde ano.
Segundo o comunicado do partido, Graciano, ao ser um rosto conhecido dos portugueses por ser "um lutador e um homem de convicções, sem qualquer vestígio de politicamente correto, representando, desta forma, aquele que é o espírito do partido", tem tudo para conquistar os leitores nesta batalha política pela capital.
Defensor da prisão perpétua e da castração química, o antigo apresentador mostra assim a sua nova vertente profissional, enveredando pela política com um partido onde outros rostos conhecidos têm causado algum alarido ao lado de André Aventura, como é o caso de Maria Vieira.
Quem diria que o simpático tio careca de outros tempos seria a partir de 2021 um rosto político e defensor do que a maioria dos portugueses abomina? Na verdade existem situações que até parecem acontecer somente para se ganhar um lugar ao sol, como quem diz, um tacho político.
Fica aqui o reconhecimento de que uma mão lava a outra. O Ventura queria um rosto conhecido e o Graciano precisava de se reinventar para aparecer, custasse o que custasse.