Ele anda na caça...
Chegou a Portugal no primeiro trimestre e começou a fazer os seus estragos, obrigando a um recolher social numa fase bem inicial para o controlo ficar apertado e não existir um desmoronamento no campo da saúde.
Agora, nos últimos meses do ano, o que parecia ter acalmado com o tempo quente, voltou a ganhar força como uma tempestade com ventos bem fortes e o caos parece estar instalado. Desta vez não existe a ordem para que todos fiquemos fechados em casa, já que o sistema económico não aguenta e a mente de cada um não se encontra também capacitada para novo encerramento caseiro.
Neste momento começo a ver a introdução deste maléfico vírus entre nós como um autêntico sorteio, entre o calha a ti ou calha a mim, em que todos conhecemos alguém que teve ou está com o vírus neste momento como dama de companhia.
Faço um esforço para que tudo corra bem e deixar do lado de fora este bera cromo mas parece ser difícil controlar este caos que ora afeta o amigo, o professor, a senhora do café, o carteiro, o primo ou a tia. Todos estamos na tômbola num sorteio automático em que qualquer um pode ser premiado com o indesejado.
A ideia de momento é a de proteção pessoal e para com os outros, mas num qualquer deslize estamos tramados, como tal todos os cuidados são poucos, já que o caçador anda bem atento.