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O Informador

Desabafo

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A minha forma de estar na vida nas últimas semanas tem estado alterada, sentindo todo um vazio em meu redor. Já procurei ajuda e iniciei um processo que espero me venha a ajudar a reorganizar a nível mental, no entanto as coisas não acontecem de forma rápida como por vezes desejamos e deixo aqui um acontecimento que me ocorreu e que tentei controlar por saber que a vida tem de seguir e que preciso combater esta minha fase.

Fui ao teatro e optei por ir sozinho, sem procurar companhia para não incomodar os outros que não me têm de acompanhar perante as minhas vontades de fazer o que gosto. Fui até Lisboa, como a sessão foi às 19h00 e estava de folga nesse dia, optei por ir mais cedo, lanchei pela capital e mais perto da hora desci a Avenida da Liberdade de carro para estacionar e ir para o Teatro Nacional Dona Maria II, que para quem não sabe fica no Rossio. 

Tudo parecia bem, com os meus pensamentos solitários como companhia, mas o pior foi quando estacionei e do nada senti aquela vontade de voltar de imediato para trás, para casa com o pensamento, «o que estou aqui a fazer sozinho». Respirei, sentei-me num banco de jardim da Avenida e pensei que tinha de seguir porque tinha um objetivo naquele momento, eu ia ao teatro, sozinho, é certo, mas se tinha marcado era para seguir com a ideia. 

Fui, entrei na sala, a espera que a sessão começasse parecia ser longa, mas entretive-me a ler a apresentação do espetáculo, o som do começo chegou e foram quase duas horas em que me deixei ficar, viajei com as personagens e estava ali. No final, quando os aplausos ecoaram a ideia foi a mesma, seguir direto ao carro, meter-me ao caminho e chegar o mais rapidamente possível a casa para estar fechado, com os meus pensamentos, no meu casulo. 

Sei que tenho que me debater com esta situação e escrevo por aqui estes meus desabafos como forma de me exprimir, por saber também que não sou o único a passar por isto. Tudo se vai arrumar com o tempo, eu sei, mas até lá... 

 

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